Feirinha ensina onde e como usar as plantas que você descartaria facilmente
Plantas comestíveis não convencionais. Aprenda este nome e se atente quando descartar a ideia de comprar algo só porque não sabe como aproveitar. No restaurante Recanto das Ervas, o final de semana foi de feirinha orgânica com palestra para ensinar a usar na cozinha aquilo que facilmente você não compraria.
Se tem uma coisa que o Lado B gosta é de acompanhar a paixão da dona do Recanto pelas ervas e sabores. Márcia Chiad estuda, se dedica e gosta de oferecer variedade de alimentação saudável a quem lhe bater à porta.
"Eu me apaixonei e a alimentação da gente anda tão pobre. As pessoas vão ao mercado e compram alface, tomate e cebola porque não sabem comer outra coisa", avalia Márcia.
Junto de fornecedores, como pequenos produtores, ela ofereceu tudo orgânico separado em maços e peças. "Olha isso, é um umbigo de bananeira, às vezes a pessoa pode até ter na chácara, mas corta fora e isso na Tailândia é iguaria", defende Márcia.
O umbigo da bananeira é aquela parte que as pessoas costumam cortar fora para fortalecer o crescimento da fruta. Por dentro, o que não virou banana tem gosto de palmito, é fonte de vitamina e barquinha pode servir saladas e aperitivos num jantar, por exemplo.
"Separamos tudo o que a gente usa nos nossos pratos. Você consumir um produto orgânico quer dizer que ele vem de perto, não viaja, não polui o Meio Ambiente. Tudo isso faz parte, não é só não ter agrotóxico", explica Márcia. Para conseguir o selo de orgânico, a legislação engloba até a forma como os funcionários daquela empresa são tratados.
Como orgânico agora é moda, a preocupação de Márcia é de que forma as pessoas estão identificando e usando o que se compra como tal. "Antigamente a gente identificava se fosse feio e pequenininho. Só que hoje em dia não é mais assim. Tem toda uma técnica para ser produzida", descreve.
Taioba - Com ela se pode fazer bolinho ou usar refogada, como couve. O sabor, Márcia explica, é bem diferente, mas é preciso saber usar. "Você tem que tirar esse talo aqui, tem gente que fala 'eu comi e não gostei, achei amargo'", exemplifica Márcia.
Rica em vitamina A, C e E, ela ainda tem alto teor de ferro, dá sensação de saciedade e ajuda no processo de emagrecimento.
Capim limão - As pessoas começaram a fazer chá e agora estão no suco, mas ainda não aproveitam o talo. "A gente pica e usa na salada, faz molhinho e ele tem propriedades medicinais, como ser digestivo e antifúngico", explica Márcia.
Hortelã do Norte - Com cheiro mais acentuado, é perfeita para molho pesto junto ao manjericão e também é expectorante.
"Nossa ideia é divulgar coisas para que as pessoas possam enriquecer a alimentação. Elas não compram muitas vezes porque não sabem o que fazer e hoje o mundo está tão pesado, tão difícil. Por que não voltar para o simples? A gente precisa", resume Márcia.
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