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Janeiro Verde quer tirar MS do 4º lugar no ranking de câncer do colo do útero

No Hospital de Câncer de Barretos, em Campo Grande, exame preventivo é marcado sem fila de espera

Post Patrocinado | 09/01/2018 07:20
Exames coletados são organizados para envio à sede do Hospital, em Barretos (SP). (Foto: Paulo Francis)
Exames coletados são organizados para envio à sede do Hospital, em Barretos (SP). (Foto: Paulo Francis)

O exame preventivo periódico é considerado uma estratégia eficiente disponível no sistema de saúde para prevenção do câncer do colo do útero, assim como a vacinação contra o HPV. Por isso, fazer o Teste Papanicolau, no mínimo, a cada 3 anos, deve ser prioridade entre mulheres entre 25 e 64 anos de idade. 

Na unidade do Hospital de Câncer de Barretos em Campo Grande, as pacientes nem sequer enfrentam fila de espera para agendar o exame preventivo. Basta ter o número do cartão do SUS, ligar e o horário é marcado dentro de uma semana, pela manhã ou à tarde.

Também é rápida e indolor a coleta do material, que vai para laboratório em Barretos (SP) onde é analisado. Depois que o resultado fica pronto, é encaminhado via Correios e chega na casa da paciente. Caso haja alguma alteração a ser investigada, a mulher é chamada até o hospital e continua a ser acompanhada por especialistas aqui em Campo Grande.

Neste mês, a campanha "Janeiro Verde" intensifica as ações de conscientização no Hospital do Câncer, para garantir a detecção precoce, o que reduz os riscos de morte. Mato Grosso do Sul já melhorou nas estatísticas, saiu do 2º lugar em 2012, para a 4º posição em novos casos da doença em 2016. Mas os números mostram que para muitas pessoas o preventivo ainda não é um hábito.

Atendimento é de excelência, com todo conforto e privacidade para as mulheres. (Foto: Paulo Francis)
Atendimento é de excelência, com todo conforto e privacidade para as mulheres. (Foto: Paulo Francis)

Aos 25 anos a jovem deve inserir o exame na rotina. Aos 26 precisa repetir o teste, mas se nada for detectado, a partir de então só vai precisar refazer o Papanicolau a cada 3 anos.

O que as mulheres precisam entender é que o preventivo só é eficaz se feito periodicamente, porque na coleta do material, apenas algumas celulas de parte do útero são retiradas para analise. Assim, nem todas as áreas são verificadas. A cada exame, amostra de parte diferente do útero é coletada, e assim o rastreamento é ampliado ano a ano.

O preventivo existe para descobrir a doença na fase pré-câncer, com a detecção de lesões superficiais, que antecedem o aparecimento da doença. Quando o diagnóstico chega nesta etapa, a chance de cura é de 100%.

Caso o câncer já esteja instalado, o tratamento começa imediatamente. A paciente é encaminhada para novos exames e para a unidade referência em tratamento do câncer do colo de útero em Campo Grande.

O vírus HPV é uma das principais causas da doença. A transmissão sexual ocorre por contato direto com a pele infectada, por isso é altamente contagioso. O problema é que o HPV age de maneira silenciosa e só é detectado quando já causou lesões.

Ginecologista Adriane Bovo mostra exemplo de exame com alteração no colo. (Foto: Paulo Francis)
Ginecologista Adriane Bovo mostra exemplo de exame com alteração no colo. (Foto: Paulo Francis)

No ano passado, 26.578 exames preventivos foram realizados pelo Hospital do Câncer de Barretos aqui na cidade.

Cada mulher que passa pela unidade, é inserida no programa de prevenção. Quando chega a época de repetir o teste, elas são convocadas por carta para comparecerem ao hospital. "O problema no Brasil é que algumas mulheres fazem o exame demais, até de 6 em 6 meses, e outras fazem de menos, porque não respeitam o prazo de 3 anos. E isso compromete todo a acompanhamento", comenta a ginecologista Adriane Bovo.

Com doutorado em prevenção, a especialista lembra que até o tabagismo é um fator de risco no caso do câncer do colo do útero. "Porque ele diminui a capacidade do organismo eliminar o HPV de maneira natural", explica.

Troca frequente de parceiros, sem uso de preservativo, é outro componente que potencializa o contágio, assim como o uso prolongado de anticoncepcionais.

Na luta contra a doença, outra maneira de prevenção é a vacina, independente da idade da mulher. "A imunização protege contra 4 tipos de HPV. Por isso, mesmo que a mulher seja mais velha, ainda pode ter contato com o vírus e se vacinada evita lesões causadas por eles. Então nunca é demais a imunização", justifica a ginecologista.

Hoje, a vacina é oferecida de graça na rede pública, para meninas de 9 aos 15 anos e meninos de 11 aos 15. Mas a rede privada tem imunização disponível para todas as idades, por cerca de R$ 450,00 cada dose.

Todas as pacientes são identificadas por códigos, para acompanhamento periódico. (Foto: Paulo Francis)
Todas as pacientes são identificadas por códigos, para acompanhamento periódico. (Foto: Paulo Francis)

Os exames preventivos podem ser agendadaos pelo telefone (67) 3304-6600, entre 7h é 16h, diariamente. Quatro atendentes estão disponíveis para repassar informações e solucionar dúvidas.

O atendimento é garantido a todas pessoas que possuem cartão do SUS. Basta ligar ou ir até o Hospital de Câncer de Barretos, que fica na Avenida Vereador Thyrson de Almeida, 3103, no Bairro Aero Rancho.

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