Para brincadeiras ao ar livre não ficarem esquecidas, crianças lotam Belmar
Cantigas e brincadeiras antigas fizeram parte da programação do projeto “Dia da Criança Saudável”, neste sábado.
Enquanto a colega cantava “salada, saladinha, com sal, pimenta, fogo, foguinho...” Daniel Arguelho dos Santos, de 7 anos, pulava corda sem tirar o sorriso do rosto. A brincadeira nem sempre faz parte da rotina, mas na manhã deste sábado a corda e outras atividades ganharam um significado especial no coração do menino.
“Eu descobri que sou muito rápido na corta”, diz orgulhoso. Daniel foi uma das centenas de crianças que lotaram a Praça Belmar Fidalgo nesta manhã, em um evento dedicado à saúde das crianças e à atividade física como melhor amiga para um crescimento saudável e feliz.
Organizado pela Unimed Campo Grande, todas as atividades foram gratuitas e envolveram brincadeiras antigas, como pular corda, corrida do saco, estoura balão, pinturas e outras brincadeiras que exigem das crianças disposição e faz uma diferença danada para a coletividade.
“Eu acho muito importante. Hoje em dia boa parte dos pequenos só conhecem os joguinhos de celular. Essas brincadeiras que marcaram a nossa infância estão ficando no passado”, comenta o pai de Daniel, o faturista Luis dos Santos Silva, de 32 anos. “Temos que incentivá-los. Acho que o maior exemplo começa dentro de casa”, completa.
Que a nova geração passa boa parte do tempo nas tecnologias até parece assunto batido, mas na busca de garantir a saúde, o assunto deve ser reforçado diariamente, acredita o professor de Educação Física Rafael Carrilho. “O acesso a tecnologia é muito importante, ele faz parte da evolução e do conhecimento. Mas a atividade física não pode ser deixada de lado. Infância também é brincar, correr e se movimentar dentro dos limites da criança. É importante que a família tenha essa consciência para que a criança se desenvolva olhando a atividade como uma aliada no dia a dia e não como algo chato”, explica.
Mãe da Nicole de 7 anos, a consultora de empresa Jania Valim, de 40 anos, pulou cedo da cama e foi se divertir com a filha. A iniciativa, segundo ela, é uma busca constante na rotina da família. “Eu sempre estou em busca de inseri-la em atividades que marcaram a minha infância e que faça ela se movimentar. Confesso que tirar uma criança da cama cedo em pleno sábado não é fácil, mas com atividades como essa a gente pode provar para eles que a infância é uma das melhores fases da vida. E ela precisa ser vivida brincando”.
Pedagoga, Juliane Ferreira, de 33 anos, mãe do Isaque, também compareceu à praça para se divertir. Ela diz que não tem dúvidas que as brincadeiras ao ar livre transformam a infância. “Não apenas diverte, mas estimula o companheirismo, a coletividade, a curiosidade deles. Eu como pedagoga sei que o brincar faz toda diferença na educação das crianças. Por isso, fiquei emocionada de ver essa criançada se divertindo”, comenta.
O projeto “Dia da Criança Saudável” está na quarta edição com uma programação pensada para toda a família, incluindo caminhada da família, funcional, tenda de leitura, apresentação de danças, pintura facial, brincadeiras antigas e distribuição de frutas e água para os participantes.