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Faz Bem!

Para fazer o mundo sorrir, grupo sai às ruas doando bons sentimentos

Paula Maciulevicius | 05/12/2016 08:23
"Doe sentimentos positivos", que nada mais é do que distribuir mensagens para fazer o mundo sorrir. (Foto: Fernando Antunes)
"Doe sentimentos positivos", que nada mais é do que distribuir mensagens para fazer o mundo sorrir. (Foto: Fernando Antunes)

Esquina da Rua 13 de Maio com a Avenida Afonso Pena, em um domingo de manhã. Quem passa por ali não está na correria da rotina de segunda a sexta. Os passos são mais calmos e até dá tempo de pegar o que oferecem na rua, ler e retribuir num sorriso. Na manhã de ontem, o Lado B acompanhou a campanha "Doe sentimentos positivos", que nada mais é do que distribuir mensagens para fazer o mundo sorrir.

A iniciativa é da psicóloga mineira Renata Livramento e já alcançou pelo menos 36 cidades no País. Na Capital, o projeto saiu das mãos e do coração aberto da psicóloga Tatiana Samper Lovatto, de 29 anos. "A gente fala que está doando sentimentos positivos, que tem uma mensagem para o coração dela ou um bom dia", explica sobre a abordagem.

De volta, Tatiana recebe num primeiro momento, desconfiança. "Muitos acham que é algo de igreja ou propaganda. Quando no fundo é uma campanha relacionada à psicologia positiva, que trabalha com as virtudes humanas como a gentileza e a gratidão", explica.

Na Capital, iniciativa foi da psicóloga Tatiana Samper Lovatto. (Foto: Fernando Antunes)
Na Capital, iniciativa foi da psicóloga Tatiana Samper Lovatto. (Foto: Fernando Antunes)
Amiga de Tati e admiradora da Psicologia, Ana Glória "comprou" a ideia. (Foto: Fernando Antunes)
Amiga de Tati e admiradora da Psicologia, Ana Glória "comprou" a ideia. (Foto: Fernando Antunes)

Entre ela e amigos, eram sete pessoas a doar sentimentos positivos. As frases digitadas seguiam cinco forças de caráter: postura aberta, persistência, perdão, humor e apreciação da beleza e estavam coladas em corações amarelos.

"A beleza está nos olhos de quem aprecia" "Quanto mais sábio, mais capaz de perdoar eu sou", eram alguns dos dizeres. E o que isso desperta nas pessoas? "Tenho observado que elas vem fechadas, mas depois percebo que ficam felizes e o objetivo é este", resume a psicóloga.

Amiga de Tatiana, Ana Glória é historiadora de formação, mas apaixonada pela Psicologia. "Admiro as pessoas abrirem o coração para sair desse automático que é a vida, de: levantar, tomar café, ir para o trabalho e esquecer de viver, de aproveitar os bons momentos", atenta Ana Glória Pereira Vale, de 39 anos.

E foi com este sentimento, de aproveitar os bons momentos da vida, que Ana foi para as ruas. "Passar positividade, amor ao próximo. A gente deixa isso para segundo plano e não pode, porque a vida passa muito rápido. E o que eu estou sentindo? Que as pessoas estão devolvendo coisas positivas. A maioria não entende direito, vê o coração e depois que lê, acaba cedendo um sorriso para a gente de volta", conta.

Campanha é relacionada à psicologia positiva, que trabalha com as virtudes humanas como a gentileza e a gratidão. (Foto: Fernando Antunes)
Campanha é relacionada à psicologia positiva, que trabalha com as virtudes humanas como a gentileza e a gratidão. (Foto: Fernando Antunes)
Luís Felipe acredita que papel pode mudar, para melhor, o dia de alguém. (Foto: Fernando Antunes)
Luís Felipe acredita que papel pode mudar, para melhor, o dia de alguém. (Foto: Fernando Antunes)

De "bobeira", o motorista Antônio Ramos, de 43 anos, pegou o papel. Nas ruas para resolver uma pendência de uma motocicleta, o rapaz lê em voz alta aquilo que recebeu: "o amor está vindo em sua direção, você pode receber". "E eu que vivo na rua trabalhando, às vezes pego papel e jogo fora, mas este não. Vou levar e guardar, pela mensagem", diz.

Funcionário público, Luís Felipe Sandim de Menezes, de 21 anos, acredita que frases assim são capazes de mudar o dia de alguém. "É legal essa iniciativa, parei para ler e está fazendo o bem para os outros. É capaz de mudar para melhor o dia".

Passageiro de um carro que aguardava o semáforo abrir, David Fonseca, operador de telemarketing, de 23 anos, ria ao receber o sentimento positivo. "Não é todo dia que a gente vê alguém entregando um pensamento positivo assim. Geralmente encontramos mais pessoas que não estão preocupadas umas com as outras", compara. 

A ação pretende ter continuidade em outros pontos da Capital. Não custa nada e vale muito, um sorriso de volta, já retribui o trabalho da psicóloga.

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