Confira a análise do novo Mega Man x Legacy Collection 1 e 2
Após o sucesso comercial das coletâneas do Mega Man clássico, era questão de tempo até que sua série secundária e igualmente famosa, X, ganhasse também uma compilação com seus principais títulos. Felizmente, para a alegria de muitos, em 24 de Julho a Capcom lançou Mega Man X Legacy Collection 1 e 2, para as principais plataformas da atual geração.
Jogos incríveis em coletâneas nem tão incríveis assim: É até compreensível que a Capcom optou por lançar duas coletâneas quando falamos do Mega Man clássico, afinal de contas fazia sentido que o primeiro compilado fosse dos primeiros seis títulos do Blue Bomber, já que era composta apenas pelas versões em 8 bit do personagem. Já a segunda coleção foi lançada somente após o sucesso da anterior, de modo a completar a “saga” do Mega Man clássico, pavimentando o caminho para o vindouro Mega Man 11.
Agora, quando o assunto é Mega Man X Legacy Collection, não faz muito sentido separar em 2 coleções, ainda por cima lançando na mesma data! Primeiro porque obviamente os oito games caberiam facilmente em um disco, segundo porque a parte dois da coletânea conta com os títulos considerados os mais fracos da série, criando um contraste de qualidade entre ambos. Curiosamente, enquanto as versões de PS4/Xbox contam com dois discos, a versão de Switch possui apenas a primeira compilação em formato físico e a segunda exclusivamente na forma digital. A falta de menus em português também é estranha, mas esta falta já está presente desde Mega Man Legacy Collection 2.
Como já é esperado em uma coletânea dessas, os oito games (Mega Man X ao X8) contam com filtros e melhorias visuais, com a opção de simular a imagem de uma TV de tubo, proporcionando aquela deliciosa “crocância” de pixels em gloriosos 1080p, contudo tais melhorias não se estendem ao gameplay, com constantes slowdowns principalmente nos primeiros games, quebrando a fluidez e o ritmo que um jogo desses requer. Em defesa da Capcom, eu até compreendo o objetivo deles em emular os jogos da forma mais fiel possível, mas sem dúvida seria legal ao menos tornar possível selecionar o frame rate desejado nos games, já que a coletânea lançada no passado para PS2/GCN apresentava os games em sólidos 30fps. O que fica aqui é a impressão de que a empresa foi preguiçosa nesse aspecto. A opção de criar “save states” também não existe aqui, mas era um recurso presente em Mega Man Legacy Collection, em contrapartida foi adicionado o modo “Rookie Hunter” que diminui consideravelmente a dificuldade dos jogos, possibilitando a jogadores novatos na série que se divirtam ao lado de X e companhia.
No quesito extras ainda temos uma vasta galeria, com ilustrações oficiais e artes conceituais dos oito jogos, materiais promocionais, trailers, brinquedos lançados e até o OVA “Day of Σ” (Dia do Sigma), além de poder ouvir toda a trilha sonora dos games.
Para quem pensou que não haveria nada de novo, a Capcom preparou uma surpresa na forma do modo “X Challenge” que coloca você contra dois chefões ao mesmo tempo numa bateria de desafios que aumenta em dificuldade a cada novo nível desbloqueado. Nesse modo a inteligência artificial dos inimigos foi modificada, de modo que até os jogadores mais experientes terão que “reaprender” a jogar. Sem dúvida a adição mais bem vinda. Infelizmente os chefes se repetem nas duas coletâneas, isso deixa aquela sensação de oportunidade perdida.
Existem reviews aos montes sobre cada um dos oito jogos presentes nas coletâneas, de modo que torna até desnecessário detalhar um por um aqui, o que posso adiantar é que a primeira coleção conta com Mega Man X e X4, que são considerados os melhores da série, enquanto que na segunda temos o X7, um dos piores jogos de Mega Man já feitos. De qualquer forma, no geral as duas coleções oferecem diversão de qualidade, e estão mais do que recomendadas para os fãs da série ou aqueles que procuram um bom desafio.
Nota final: 7/10
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