"The Last Blade: Beyond the Destiny" chega ao Switch
Mais um título da SNK lançado para o console híbrido da Nintendo, The Last Blade: Beyond the Destiny, é um jogo de luta da franquia Last Blade, famosa no Neo Geo. Essa versão para o portátil Neo Geo Pocket Color, vinte anos depois, chega ao Nintendo Switch.
Como parte da comemoração de 30 anos do Neo Geo, a SNK está trazendo seus títulos de Neo Geo Pocket também para os donos do Switch, com a série Neo Geo Pocket Color Selection. Os jogos são emulados e apresentam uma boa qualidade para conhecer ou matar a saudades de franquias tão icônicas.
O jogo é fiel ao original e basicamente apresenta a clássica e boa jogabilidade dos jogos de luta da SNK, com um emulador que apresenta algumas opções de configurações como alterações nos botões de ação, utilização de filtro de imagem, zoom da tela e skin do layout (modelo de Neo Geo Pocket Color). Traz ainda as opções de Reset do emulador, um item de Rewind – regredir no tempo – e o manual do jogo.
Dentre as opções para jogar inicialmente estão: Modo história, Sobrevivência, Time Attack e Treinamento. Com mais modos para abrir durante a jogatina.
O tema leva o jogador a se sentir num jogo da série Samurai Shodown, aquele período dos samurais no Japão. Mas não é só de samurais que o jogo vive, a variedade de estilos de lutadores é razoável e temos um lutador que usa até mesmo tartarugas e vara de pescar para enfrentar seus oponentes!
São nove personagens a escolha no começo do jogo, com possibilidade de destravar mais cinco.
A jogabilidade é boa e fluida, e usa apenas os dois botões do console original, A e B. Com golpes simples, um botão fica para o golpe forte usando a arma e o outro botão o golpe mais fraco, geralmente um chute. Mas ambos os botões têm uma certa “sensibilidade” de velocidade de pressão. Um toque rápido e um toque segurando pode apresentar duas situações de golpes e defesa. As opções de combos são poucas, dada essa simplicidade da jogabilidade, e ainda tem a possibilidade de dar alguns golpes mais fortes com a barra de energia especial cheia, que também tem a opção de “Velocidade” ao escolher o lutador antes da partida. Emendar combos pode garantir vitórias. A inteligência artificial do jogo também não é das melhores.
O gráfico lembra muito jogos 8 bits, a paleta de cores é limitada e os personagens sofrem um pouco com essa limitação, mas nada que comprometa a diversão. Com o filtro de tela “scanline” ligado dá para sentir a verdadeira sensação de estar com um Neo Geo Pocket em mãos. Os pontos quadradinhos dos pixels na tela marcaram muito o visual do console.
O jogo apresenta um recurso de pontos que pode ser usado para enriquecer a galeria que traz detalhes de história, lutadores e outras informações a mais. O jogador pode ir comprando os pergaminhos com esses pontos e enriquecer seu conhecimento em relação à toda narrativa.
É um título que traz aquele sentimento saudosista da época desses portáteis 8 e 16 bits, com jogabilidade simples e divertida. Em pouco tempo se finaliza o modo história e sem tanta dificuldade, pega-se o jeito rapidamente. Honra o nome da franquia e da SNK com louvor e é um ótimo jogo para se aproveitar no modo portátil do Switch, uma boa diversão casual com gostinho de um jogo hardcore da querida SNK.
*Análise feita com código cedido pela distribuidora.
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