Chapelaria em Campo Grande é inspiração para produções até na balada
Chapéus, casquetes, grinaldas e fascinators, são aqueles acessórios que toda mulher queria ter a oportunidade de usar um dia, mas falta coragem. Com a onda retrô cada vez mais em evidência, eles voltam a empolgar estilistas e já tem gente produzindo aqui em Campo Grande, o que é uma força e tanto para encorajar quem tem personalidade.
Para abandonar a ideia de que são acessórios da realeza ou para usar em casamento à luz do dia, a consultora de moda Suzi Cardoso, de 30 anos, criou sua própria chapelaria.
O que era moda, o hábito de usar chapéu, acabou se perdendo no tempo, mas a ideia da “Suzanne Cloude Chapelaria” é fazer com que o acessório volte a ser aliado da mulher em qualquer ocasião, das mais requintadas até as baladas dos finais de semana.
O marketing da empresa começa pela própria consultora, que conta ser apaixonada por chapéus. O apreço pelo produto, fez com que ela fosse a Londres e ao Chile estudar para poder criar seus peças à altura da "realeza", como brinca.
Nas redes sociais, Suzi faz "propaganda" da chapelaria com postagens que lembram o glamour de ícones imortais como Coco Chanel, Audrey Hepburn e de personalidades modernas, como duquesa de Cambridge, Kate Middleton.
Os acessórios custam a partir de R$ 70,00, como os turbantes, mas o preço pode chegar a R$ 1 mil, depende do trabalho e do material usado.
São inúmeros modelos, parte deles disponíveis na página virtual do ateliê. Alguns têm estética mais “comum”, outros não fogem ao lúdico design dos chapéus usados pela realeza. E a inspiração foge do requinte europeu e é encontrada pela consultora no cerrado do Brasil. “A gente aproveita e se inspira na natureza. Pego cores e formatos para passar para um chapéu. Pessoas e inspiração. Tudo dá pra usar”.
Uma curiosidade revelada por Suzi e, que talvez reforce o interesse das mulheres pelos chapéus, é a opinião masculina descoberta por ela sobre os acessórios. Segundo uma pesquisa informal feita por Suzi, a maioria dos homens acha as mulheres que usam qualquer peça no cabelo mais interessantes daquelas que não usam. “É interessante porque demostra personalidade e os homens apreciam isso, 'mulheres diferentes'”, explica.
A consultora cita como exemplo o próprio noivo, que é jogador de rubgy, e que não se atenta muito à moda. “Um dia ele me sugeriu colocar um chapéu, quase não acreditei, ele é ‘ogrinho’”. Segundo ela, é unanimidade, os homens declaram que as mulheres campo-grandenses se vestem iguais. “Para os homens, a campo-grandense geralmente sai com roupas coladas, curtas ou tomara que caia, então quando aparece com algo na cabeça, por exemplo, destoa dos outros e estimula o pensamento de que a mulher tem algo a mais”, conta.
Quem quer usar e não sabe por onde começar, a consultora dá as dicas. Segundo ela, não há modelos específicos para cada situação, mas sim material especifico. O "feltro" é um material pesado, recomendado para o inverno. Há outros tecidos mais “leves”, que se pode usar o ano inteiro e em qualquer lugar.
Uma orientação a quem quer aderir ao acessório é começar pelo tradicional modelo “Panamá”. “O calor é dermatológico para a campo-grandense. Ficam me olhando, mas hoje já se acostumam, pois senhoras e senhores usam, nem que seja um Panamá. Além do estilo é proteção”.
A sugestão de Suzi para usar o chapéu são dividas em dois tipos de pessoas, as ousadas e as mais “recatadas”. Ao primeiro tipo, é aconselhável combinar a cor do chapéu com uma das cores da roupa, a mesma regra usada em combinação de sapatos e bolsas. "E o visual monocromático também cabe a essas pessoas", recomenda a consultora, que sugere às mulheres mais discretas usar o acessório na mesma cor do cabelo, e as mulheres baixas também. “A mesma cor da à impressão que a pessoa é maior, alonga”.
Os modelos estão disponíveis na página do ateliê no Facebook e podem ser encomendados ali mesmo. Para fazer o pedido só é preciso tirar medidas e depois retirar no ateliê do Jardim dos Estados.