Na moda, alpargatas ganham versões, mas há quem viva das originais há décadas
Clássicas desde os anos 70, as alpargatas argentinas voltaram para os pés de homens e mulheres, com estampas e solados diferentes da tradicional. Todas as grifes de sapatos têm desde o Verão passado uma versão moderninha, mas quem ainda procura a original pode encontrar na Feira Central de Campo Grande, por um valor bem mais baixo.
Há 30 anos Diva Centenaro segue vendendo as alpargatas na feira. Nas lojas, os modelos já apresentam o solado emborrachado, apenas com o detalhe da corda e alguns chegam a custar R$ 200,00. Já na banca de Diva, o preço é R$ 30,00.
As alpargatas estão disponíveis na forma simples, mas em várias cores. Há alpargata amarela, verde, azul jeans, salmão, preta e branca.
O solado e o interior do sapato são feitos com cordas e isso não tira o conforto. Porém, é preciso ter cuidado. É melhor não molhar, por exemplo. Por ser delicada, a vida útil é curta.
A moda se reutiliza e mesmo quando as vendas não estavam tão altas como agora, Diva explica que a saída para sempre ter um bom negócio foram os cartões de visita. “Essa é a melhor forma de marketing, por isso consigo sobreviver de alpargatas”, conta a vendedora de 53 anos.
Ela também investe no diferente. Na banca aparecem os legítimos chinelos campeiros, produzidos com couro e que são tradicionais no sul do Brasil. Cada par custa R$40,00.
Para quem quiser a simplicidade das alpargatas e dos chinelos gaúchos, a loja é a número 30, da Feira Central.