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Moda

Para tirar sarro de grife, campo-grandense cria boné e aposta em famosos

Anny Malagolini | 09/10/2013 06:41
César Menotti e Fabiano com o boné na praia, no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)
César Menotti e Fabiano com o boné na praia, no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)

Para quem acha um absurdo a loucura da gurizada por um boné da grife “John John”, surgiu em Campo Grande uma alternativa bem humorada e ao estilo sul-mato-grossense. O empresário Elvis Miranda, de 30 anos, criou a marca “Jãum Jãum, Made in Mato" e surpreende com os resultados em pouquíssimo tempo. Em dois meses, mais de 10 mil bonés foram vendidos e a brincadeira virou moda entre quem gosta de sertanejo.

O acessório foi lançado na coleção de Inverno, mas caiu no gosto geral quando alguns famosos passaram a desfilar com um Jãum Jãum na cabeça. Não há estampas ainda, apenas modelos com uma ou duas cores e o nome bordado, tudo bem simples. O que parece empolgar é o sarro. “A gente vem do mato, esses bonés aí são para playboy, de quem frequenta o eletrônico”, comenta Elvis sobre o "concorrente" JohnJohn

A base é comprada em São Paulo e bordada em Campo Grande. O preço já foi mais barato, mas com todo mundo na balada sertaneja querendo um Jãum Jãum, hoje o boné é vendido a R$ 89,90. O da grife de jeans custa o dobro, a partir de R$ 180,00.

Enquanto a marca John John é brasileira com um apelo internacional, sempre escolhendo astros lindos de cinema para protagonizar as campanhas, o produto sul-mato-grossense tem como principais garotos propaganda os gordinhos César Menotti e Fabiano.

Elvis, o empresário responsável pela nova marca (Foto: Divulgação)
Elvis, o empresário responsável pela nova marca (Foto: Divulgação)

Elvis é empresário do cantor sertanejo Loubet e como está envolvido no meio musical, não foi difícil criar o marketing da marca com a ajuda também de artistas como Munhoz e Mariano.

O nome não é só uma referência "rústica", mas segundo o dono, um chavão criado por ele mesmo, ainda quando “guri”, quando chamou uma pessoa de "Jãum" e a gíria pegou. “Tenho a mania”, assume.

Para o ano que vem, o empresário vai apostar na grife com lançamentos de jaqueta, colete, tudo ao estilo country. "O público consumidor é o sertanejo", lembra.

Ele também criou um site para as vendas circularem o Brasil. Além do Mato Grosso do Sul, a marca ganhou representantes de venda em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e até em Rondônia.

Em Campo Grande, o responsável por vender o acessório é Marcelo Gurgel, que soube da ideia do amigo e logo tratou de impulsionar as vendas. "Chego a vender 600 bonés por semana e a entrega é feita em domicilio", detalha. O contato é feito pelo Facebook da marca.

Mariano, da dupla Munhoz e Mariano, também com o boné.
Mariano, da dupla Munhoz e Mariano, também com o boné.
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