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Sabor

Bolinho de arroz com carne é tradição que resiste desde a fundação do Mercadão

Na Lanchonete Pit Stop, Akemi e Emerson mantêm a receita criada pela antigo dono do lugar, que antes se chamava Barraca do Tanaka

Thaís Pimenta | 02/09/2018 07:30
Bolinho de arroz com carne é feito com arroz japonês original, o gohan, e é empanado e frito. (Foto: Thaís Pimenta)
Bolinho de arroz com carne é feito com arroz japonês original, o gohan, e é empanado e frito. (Foto: Thaís Pimenta)

Há quem despenque de bairro longe rumo ao Mercadão Municipal para relembrar o sabor de uma receita tradicional: o bolinho de arroz com carne, empanado e frito, moldado no formato do onigiri japonês. 

Na verdade, tem até quem chega de outro país e corra para matar a vontade na Lanchonete Pit Stop. É o caso do fotógrafo Lucas Possiede, que hoje em dia mora na Itália, e faz questão de sempre comer o bolinho quando visita sua cidade natal.

"Eu vinha aqui desde criança com meu pai. Ele levava a gente, eu e meus irmãos, para tomar café da manhã de vez em quando no domingo e a gente sempre adorava comer o bolinho. Comíamos uns 7, 8 deles. Era a fornada só pra gente, comíamos junto com suco de laranja e ficávamos tão cheios que só íamos almoçar 15h ", conta ele.

A receita é vendida no mesmo ponto desde a fundação do Mercadão Municipal. O antigo dono da lanchonete era o japonês Tanaka, nascido Japão, responsável por criar a receita e vendê-la na barraca em versão abrasileirada. "Nós compramos o ponto dele depois de sua aposentadoria, logo depois ele veio a falecer. Sua esposa continua viva mas como lidou com isso a vida toda não quis continuar tocando", explica.

Akemi e Emerson tocam a lanchonete desde quando Tanaka, já falecido, se aposentou. (foto: Thaís Pimenta)
Akemi e Emerson tocam a lanchonete desde quando Tanaka, já falecido, se aposentou. (foto: Thaís Pimenta)

"O oniguiri original japonês não tem carne, no máximo leva a alga e um atum, um gergelim, bem ligth. Mas o Tanaka quis fazer algo que pudesse agradar aos campo-grandenses, e pra isso incluiu a carne e fritou o bolinho. Nós mantivemos sua receita, a única alteração feita foi no formato. Antes ele era uma bolinha, nós optamos por fazer no formato do próprio prato original", explica Akemi Deai, sócio proprietária da Lanchonete Pit Stop, antiga Barraca do Tanaka.

O chef Paulo Machado conheceu a receita por meio de Lucas, seu amigo, e ficou fã, "virei freguês". "Achei incrível o sabor. Ele é feito com arroz japonês, o gohan. Sempre que eu  vou ao Mercadão encontro uma novidade, e o Lucas foi quem me apresentou o PitStop. Fiquei encantado porque é igual ao oniguiri japonês, uma comida de rua no Japão, mas com uma pegada mais brasileira", explica. 

Cada unidade sai a R$ 4,00 e vai bem com um molho de pimenta. "Eu e meu marido já estamos a frente da barraca há 20 anos e podemos garantir que tem muita gente que vem aqui só pra comer o bolinho".

Além dele, o Pit Stop também serve bolinho de bacalhau, bolinho de carne, coxinha e os pasteis. Os bolinhos de arroz saem todos os dias, a partir da  6h30 e são feitos até as 18h30.  A lanchonete fica ao lado da peixaria no Mercado Municipal.

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