Bom de marketing, "Wesley Salgadão" faz gente parar e tirar foto em lanchonete
Tem coisa que só brasileiro inventa. No bairro Cophatrabalho, o comerciante Wesley Janilton Souza, de 33 anos, faz muita gente rir com a placa que anuncia o nome da lanchonete “Wesley Salgadão”. Inspirado no ídolo do forró, a ideia é marketing que deu certo.
“Ele usa meu nome também, então aproveitei para fazer uma brincadeira com isso”, justifica o dono que, apesar da coincidência do primeiro nome com o de Wesley Safadão, só fez a escolha depois de brincadeiras dos amigos.
O cantor é hoje um dos mais requisitados do Brasil. Por onde passa, o público segue com o hino “Vai Safadão! Vai Safadão!”. De carona no sucesso, Wesley Janilton também virou alvo. “Quando ele começou a ficar conhecido aqui, com todo mundo cantando as músicas, sempre que eu falava meu nome perguntavam, mas não é o Safadão né?”, ri.
Levando tudo na brincadeira assim como os amigos, Wesley foi esperto e aproveitou a coincidência para chamar atenção nos negócios. O local é super simples, funciona há três semanas, vendendo salgados assados a R$ 1,50. A propaganda é do “melhor salgado da região”. Se é realmente melhor, a gente não sabe, ontem, a lanchonete estava fechada por um motivo nobre.
Wesley se casou com Aline Barbosa da Silva, de 29 anos. Mesmo assim, sempre pronto para chamar atenção para o novo empreendimento, ele aceitou sair correndo da Justiça Itinerante para atender o Lado B.
Os dois são de Campo Grande, mas se conheceram pela internet. Minutos depois de casada na prática, Aline agora é oficialmente a mulher do “Salgadão”. O casal jura que as músicas do cantor de forró são trilha sonora deles, que estão juntos há 10 meses. "Agora é oficial, casamos, mas não posso trocar o nome por Safadão, senão aí é problema”, brinca a esposa.
De semelhança com o artista, só tem mesmo o primeiro nome, mas o comerciante admite que, se pudesse, usaria o penteado do ídolo. O problema é que Wesley Janilson é careca. “Não tenho cabelo, senão faria aquele coque samurai no estilo”, afirma.
Se a parte física não ajuda na comparação, pelo menos o marketing parece ter dado certo. “Tem gente que passa gritando, dando risada. Já virou motivo de sarro e as pessoas acabaram gostando. A gente sabia que ia chamar atenção, mas nem tanto”, explica.
Wesley conta que sempre gostou de trabalhar com o comércio. Foi proprietário de conveniência durante 6 anos, mas abriu mão diante das dificuldades financeiras. A ideia de vender salgados veio pela praticidade. “A gente queria algo no ramo da alimentação, mas que fosse prático, não tinhamos estrutura para um restaurante com almoço e jantar. Então vai continuar sendo os salgados e daqui uns dias vamos ter pastéis e sorvetes", revela.
Mas como ninguém vive só de curiosidade, Wesley Salgadão espera que as pessoas também entrem e comprem. "A gente só quer que dê certo. Porque nosso salgado também é de qualidade", garante.
A lanchonete funciona de segunda à sábado das 07h às 19h e fica na Rua Yokoama, 1253, Cophatrabalho.