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Sabor

Buraco quente e tapioca turbinada salvam trabalhador na Rui Barbosa

Há 15 anos, lanchonete com receita de nordestina virou a segunda casa de Ju, que ama preparar a receita

Thailla Torres | 04/01/2023 09:25
Fachada laranja é convite para cliente conhecer cardápio com 20 tapiocas. (Foto: Herique Kawaminami)
Fachada laranja é convite para cliente conhecer cardápio com 20 tapiocas. (Foto: Herique Kawaminami)

Na Jumani Tapiocaria, o prato preparado com farinha de goma de mandioca, chama atenção por causa do recheio farto e a variedade de opções, que viraram a salvação do trabalhador no Centro. Ao lado da iguaria nordestina, o que também bomba é o buraco quente e o pão com ovo frito.

O lugar com mais de 15 anos de história oferece mais de 15 combinações de recheios salgados e doces da tapioca. A mais pedida é a pantaneira, de carne seca com banana. Mas tem da tradicional muçarela com coco fresco até versão doce de cajuzinho com doce de leite e castanha de caju.

Tapioca de carne seca e tapioca pantaneira são uma das mais pedidas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Tapioca de carne seca e tapioca pantaneira são uma das mais pedidas. (Foto: Henrique Kawaminami)

O pão francês também reina como ingrediente predileto, com sandubas recheados com ovo, cachorro-quente e o buraco quente, um pão recheado com carne, que faz mais sucesso em São Paulo e Paraná, mas que a proprietária da tapiocaria fez o campo-grandense adorar.

O endereço foi o maior investimento de Julineia Quirino Vieira, de 44 anos. Depois de anos alugando o espaço, ela conseguiu com empréstimo fazer a compra do ponto.

Logo depois da compra, ela enfrentou dois momentos difíceis, a pandemia e as obras na rua, que diminuíram significativamente o movimento. “Mas eu nunca quis desistir, tenho muitos clientes fieis”, conta a dona.

Tapiocaria é investimento dos sonhos de Julineia. (Foto: Henrique Kawaminami)
Tapiocaria é investimento dos sonhos de Julineia. (Foto: Henrique Kawaminami)

Colocar a mão na massa e preparar receitas sempre foi coisa que Julineia fez bem, até o dia que conheceu uma nordestina que preparava tapioca no mesmo endereço. “Ela me ensinou a receita e me passou o ponto, foi então que comecei a trabalhar com a tapioca”.

A insegurança na hora de preparar o primeiro pedido ficou marcada na trajetória da empreendedora. “Eu lembro perfeitamente da minha primeira cliente, ela trabalhava em uma ótica aqui perto e pediu uma tapioca. Quando fui preparar eu tremia, ela percebeu o meu nervoso e me pediu para ter calma, que ia dar tudo certo”.

E deu, Julineia conquistou uma freguesia fiel, que não a abandonou nem em momentos difíceis, de baixo movimento, por isso, ela não abre mão do espaço, mesmo inúmeros pedidos para levar suas receitas para a periferia. “Já pensei em levar para um bairro distante do Centro, mas aqui tenho muitos trabalhadores que adoram a tapioca, então não posso abandoná-los”, diz.

A tapiocaria funciona de segunda a sexta, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h ao meio-dia. Fica na Rui Barbosa, 3044.

Espaço é simples, mas o sabor servido é que impressiona. (Foto: Henrique Kawaminami)
Espaço é simples, mas o sabor servido é que impressiona. (Foto: Henrique Kawaminami)

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