Com tâmaras e nozes, família decide espalhar a doçura da cultura árabe
Doces são feitos pela mãe e vendidos pelos filhos na escola e faculdade
A libanesa Abir Ahmad el Sarout, de 49 anos, e os filhos encontraram na venda de doces tradicionais da cultura uma chance de popularizar as delícias da culinária árabe em Campo Grande. A ideia veio após a distribuição do doce Mahmoul na escola do filho mais novo, Ahmad Omar el Akara, de 14. O sabor conquistou o paladar de professores, amigos e apreciadores da confeitaria libanesa.
O doce, feito à base de semolina, leite e manteiga, foi ofertado ao final do jejum feito no Ramadã - período sagrado para religião islâmica, onde os muçulmanos celebram a revelação da palavra de Allah (Deus) ao profeta Maomé, praticam a caridade, reflexão e devoção - O Mahmoul é muito consumido justamente após esse período de celebração. A receita leva uma combinação de tâmaras ou nozes trituradas no recheio.
Após o sucesso, os filhos pediram para que a mãe começasse a fazer os doces para vender, inclusive em homenagem a ela, o caçula chamou o negócio de ‘Confeitaria Sultana’. A palavra é árabe e significa rainha. A venda não parou na escola de Ahmad, as filhas mais velhas, khadija Omar el Akara, de 21 anos e Amina el Akara, de 19, começaram a vender as receitas na faculdade também.
“Quando o meu irmão decidiu abrir a loja ele quis homenagear a minha mãe, traduzindo ficaria como a 'a rainha da confeitaria'. Começou este ano, surgiu como uma maneira de apoiar a ideia dele que gosta de fazer doces e queria abrir uma loja para vender. Eu vendo todos os dias na faculdade quando estou por lá e divulgo através de grupos”.
Segundo a “rainha da confeitaria”, a confecção é feita todos os domingos. Ela relembra como tudo começou. “Eu sempre faço doces em casa, coisas árabes para distribuir para as pessoas conhecerem e eles gostam. Então meu filho mais novo começou a falar para vender. Ele falava que tanta gente perguntava se vendia e que se vendesse o pessoal compraria. Meu filho começou a vender brownie e depois coisas árabes. Muita gente gostou e compra de mim”.
Segundo a filha, os doces árabes são feitos, na maior parte das vezes por encomenda, já que muitos ainda não conhecem os sabores. Apesar do pouco tempo de negócio, a coisa está fluindo bem, segundo khadija.
“Eles vão para um nicho de pessoas que gostam da culinária e cultura árabe, que conhecem. Quando eles descobrem que a gente vende ficam empolgados querendo determinado doce e a gente acaba fazendo".
Além do Mahmoul de nozes e de tâmara, a família também vende Baklava de nozes - um tipo de pastel de massa folhada com amêndoas e calda - e os doces brasileiros brownie e palha italiana.
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