Com tradição, salgado de R$ 1,25 resiste no Los Angeles há 10 anos
Donos de salgaderia na Rua Cassim Contar contam que a fórmula tem dado certo
Há 10 anos, Cristiana Romeiro e Fernando Dias Romeiro começaram a madrugar para conquistar clientela no Jardim Los Angeles com salgados. Desde então, estão resistindo na Rua Cassim Contar vendendo de esfirra até risoles por menos de R$ 2 na base da tradição.
Durante a passagem da década, com idas e vindas de crises, Fernando explica que o aumento no preço foi de R$ 0,25, já que os salgados custavam R$ 1. “Hoje a gente continua vendendo enroladinho, esfirra e risoles por R$ 1,25. Só a coxinha, que é diferente, custa R$ 1,50. Tem ficado cada vez mais difícil manter, mas ainda continuamos”, explica.
Além do preço seguir baixo, os proprietários contam que outras coisas também foram mantidas no decorrer do tempo. Isso porque a salgaderia não tem contato por telefone, não aceita Pix e tampouco faz entregas.
“Quando tem muita gente, o Pix pode fazer demorar porque precisamos ficar conferindo, então escolhemos não ter mesmo. A falta do telefone também é por acabar atrapalhando mais do que ajudando, a gente não tem tempo para atender ou responder. Então a gente continua do melhor jeito”, diz Fernando.
E, relembrando sobre a história do espaço, o casal conta que a tradição segue até no nome. De acordo com Cristiana, a salgaderia se chama “Salgados do Candinho” por ter começado com o pai, que se chama Cândido, “meu filho também se chama João Cândido, então deu certo de continuarmos com o nome dele também”.
Como Fernando explica, hoje a salgaderia tem seus clientes fiéis e até por isso consegue manter os preços baixos, mas no início a história era outra. “Foi bem difícil porque a gente ia 4h pegar salgados feitos do outro lado da cidade e quando começamos a fabricar os nossos foi ainda mais difícil”, conta.
Na época, ele e Cristiane acordavam de madrugada para garantir a produção dos salgados e no decorrer do dia precisavam se revezar para as portas continuarem abertas. “Até chegar do jeito que trabalhamos hoje foi muita luta, fazendo tudo sozinho e na garra. Hoje a gente tem uma vida, antes não”, o marido relata.
Com os salgados produzidos pelos dois, eles explicam que os custos ficam mais baixos, mas que ainda assim não é o mais fácil. “Às vezes a gente perde e precisa fazer alguns ajustes, mas vamos manter até quando conseguirmos”, completa Cristiane.
O local funciona de segunda até sábado na Rua Cassim Contar, número 1324.
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