De australiano ao café, pães diferentes fazem sucesso em meio a onda sem glúten
Que o pão é o segundo arroz e feijão do brasileiro ninguém duvida. De obrigatório nas mesas à vilão das dietas, a questão é que as padarias estão investindo em novos sabores para atrair que não dispensa a iguaria.
Na padaria Mais que Pão, o que faz sucesso é a receita do pão australiano, que tem uma aparência mais escura e um sabor adocicado, culpa do mel e açúcar mascavo utilizados na receita.
“Sempre buscamos novidades, porque o cliente pede também. Temos o baguete recheado com tomate seco e gratinado com queijo por cima, o pão italiano que é uma receita nossa, alguns produtos sem glúten como o pão de queijo sem lactose e sem glúten, bom para quem está fazendo dieta”, afirma a sócia-proprietária da Mais que Pão, Gláucia Gueno Pedroso.
Apesar de citar os produtos sem glúten, com certeza uma nova moda no país, Gláucia faz questão de frisar que eles não são indicados para os cilíacos. “Não temos uma cozinha separada para o preparo, que evite contaminação de trigo. É mais indicado para dietas mesmo”, indica.
O fenômeno sem glúten também não é lei na padaria Monte Líbano, localizada na rua Rodolfo José Pinho, uma das mais tradicionais de Campo Grande. “ A gente trabalha mais com trivial, sem glúten, complicado fazer onde tem farinha de trigo tem glúten, não tenho coragem de dizer que tenho o produto, sem ter. Todos os pães daqui são fabricação nossa”, explica o dono da padaria, Hélio Carlos Nantes.
O empresário diz que algumas novidades como o pão preto, de linho, multigrãos e integral estão nas prateleiras da panificadora, mas nada muito diferente, até porque ninguém bate o bom e velho francês.
“É insubstituível, igual é arroz. Pão caseiro, pão de leite, pão sovado, não investimos em coisas muito diferentes porque vende só um pouquinho de cada. Sobra muito”, acredita Hélio.
Na padaria Tietê é praticamente a mesma história. Segundo os funcionários, os mais pedidos são o pão francês normal e o integral, além dos produtos com queijo e um italiano que é o preferido de quem toma sopa.
Enquanto alguns preferem manter o lado tradicional em alta, outras panificadoras acreditam nos diferenciais para fazer sucesso.
Na Pão e Tal, na rua Euclides da Cunha, tem até competição entre os padeiros para saber quem faz o mais diferente. “Estamos com o Pão de Café agora, mas ele está iniciando agora para ver qual é a aceitação do cliente. É uma competição entre os nossos padeiros e a votação aqui na loja com o nome da padaria, seria o Pão Tal”, indica a gerente Sandra Pagno.
Enquanto a votação acontece, Sandra diz que outros produtos fazem sucesso.
“O Pão Santa Efigênia, com canela na massa, nozes, uva passas, açúcar mascavo, que tem um sabor bem adocicado e um cheiro bem característico faz sucesso. Os pães na verdade, essa questão da novidade é sempre pedido do cliente, eles experimentam em outras cidades e pedem, trazem até a receita”, ri Sandra.