Em horário "estranho", casal sai pela cidade com churrasqueira ambulante
Quando restaurantes fecham, Cristina e Edilberto dão início às vendas pelas ruas a partir das 14h
Sem endereço fixo e horário tradicional, Edilberto César Villalba e Cristina Cristaldo tiveram a ideia de vender espetinhos de um modo não convencional. Com uma churrasqueira ambulante, o casal sai pelas ruas de Campo Grande quando os restaurantes fecham e chamam atenção com o cheiro no meio da tarde.
Há três anos, os dois criaram uma rotina para trabalhar das 14h às 19h, entre segunda e sexta-feira. Enquanto a maioria dos vendedores permanece no mesmo local, eles conquistam vários pontos.
Explicando que é paraguaio, Edilberto detalha que sempre trabalhou caminhando e, por isso, quis tentar aplicar a prática por aqui. “Tenho essa experiência de andar e, quando cheguei aqui, fui ver o que faltava. Foi assim que pensei em fazer espetinho sendo ambulante”, conta Edilberto.
Responsável pela parte do convencimento, Cristina brinca que a chave é não ter vergonha no momento das vendas. “Sou muito cara de pau para vender. Converso muito com as pessoas e faço muita amizade. Às vezes ele até fala que estou conversando demais”, conta.
Garantindo que as pessoas realmente compram os espetinhos, a vendedora completa que a maior parte dos clientes trabalham em outras lojas. Tanto é que, por conhecer muita gente no caminho, os dois explicam que até estão sendo convidados para trabalhar em alguns eventos.
De acordo com os dois, eles têm ido para festas particulares com o carrinho e até para evento no Damha foram contratados.
Assim como ver o jeito de venda dos espetinhos é diferente, escutar sobre a história dos dois também é. Cristina conta que longe dos dois terem se conhecido tradicionalmente, o relacionamento surgiu através da internet.
Enquanto Edilberto morava no Paraguai, Cristina vivia em Alta Floresta, no Mato Grosso. “Conversamos por quatro meses na internet e depois viemos nos encontrar em Campo Grande porque meu irmão já morava aqui”, diz Cristina.
Logo no início, o espetinho surgiu, mas o casamento veio três meses depois. “Ele ficou em um quarto, eu em outro. Começamos a trabalhar e três meses depois ele arrumou os documentos, então nos casamos”.
Desde então, já são três anos juntos com rotinas e histórias diferentes do comum. Já para encontrar os dois é necessário dar um pouco de sorte.
Na programação diária, Cristina e Edilberto passam pela Avenida Salgado Filho, Avenida das Bandeiras e Calógeras.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).