Na Feira Central, doce com gosto de infância faz a alegria dos adultos
Guarda-chuva de chocolate, paçoca e balas 7Belo são algumas das gostosuras vendidas na banca
É impossível não olhar para os doces vendidos na Ballaria sem lembrar de algum momento da infância. Na Feira Central, a banca é responsável por provocar nostalgia nos adultos e despertar a curiosidade dos pequenos que nunca viram um chiclete em metro ou o famoso pirulitão colorido do programa Chaves.
A responsável pelo lugar é Marcilia Lino, de 45 anos, que trabalha na Feira Central desde a época em que a mesma ficava entre as Ruas José Antônio, Abrão Julio Rahe e Padre João Crippa. No começo, ela conta que vendia somente os doces caseiros que preparava. "Eram doces de mamão, leite e goiaba", lembra.
Posteriormente, ela passou a investir nas guloseimas, que eram difíceis de serem achadas na cidade e hoje, fazem sucesso. A proprietária expõe que os primeiros produtos foram trazidos de outros estados. "Eu e meu marido fomos para o Espírito Santo e achamos essas gominhas, porque na época, a Fini estava entrando no Brasil. Aí, trouxemos essas gomas e fomos achando em distribuidoras esses docinhos diferentes", explica.
Com doces que custam entre R$ 15 centavos a R$ 94 reais o quilo, os produtos vendidos são tão diversos que a proprietária não consegue estimar a quantidade em estoque. Apesar disso, ela sabe com precisão qual lado da banca agrada mais as crianças e os adultos que visitam o local. Ocupando espaço do box 90 a 94, a divisão esquerda é a favorita da criançada, enquanto a direita é onde as pessoas mais velhas fazem a festa e enchem a cesta de gostosuras.
No lado do público adulto, estão no balcão, paçocas, suspiros, marias-moles, doces de abóbora, mousse Nucita, chicletes coloridos de bola, minicones e guarda-chuvas de chocolate, pirulitos psicodélicos e no formato de chupeta, além das conhecidas balas 7Belo, Butter Toffees, Dadini e Caramels.
A proprietária relata que as reações dos clientes são diversas, sendo que alguns não têm medo de colocar a mão no bolso e comprar quase a loja inteira. “Esses dias veio um rapaz que fez a festa, acho que ele comprou uns R$ 60 ou R$ 70, porque ele foi pegando tudo que lembrava da infância dele”, diz.
Outra atitude comum, segundo a vendedora, é que os pais levem só para que as crianças conheçam os docinhos. “Às vezes, os pais chegam e querem levar para o filho e, às vezes, o filho nem quer tanto, mas a mãe quer que ele conheça e prove”, revela.
Já o pessoal do interior do Estado, conforme Marcilia, é outro público cativo da banca. “O pessoal do interior geralmente fica doido também, porque eles falam que nunca viram tanto doce na vida, porque, às vezes, tem coisas que lá não tem. Teve um que veio e estava procurando aqueles doces que estouram na boca”, fala.
Após tantos anos no ramo, a proprietária da loja fala sobre a satisfação que é trabalhar no local. “Hoje, aqui é o menino dos meus olhos e eu dou mais atenção para ele do que o artesanato, que gosto bastante também”, finaliza.
A Ballaria está localizada na Feira Central, nos boxes 90 a 94. O horário de funcionamento é de quarta-feira a domingo, das 16h à 00h.
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