Produção artesanal une família que faz queijo picante e amanteigado
No interior do Estado, Fabrízio e a família produzem queijos que levam até 60 dias para ficarem no ponto
Sonho antigo do empresário Fabrízio Machado, de 42 anos, o Moriá Queijos Artesanais é o principal negócio da família. Em Chapadão do Sul, a 330 km de Campo Grande, ele e a família produzem de forma artesanal as peças de diferentes sabores e tempo de maturação.
O interesse pela área começou na fase do ensino superior. “A paixão pelo gado leiteiro teve início ainda na faculdade de veterinária e há mais de 10 anos fiz uma pós-graduação na mesma área quando prestava assistência veterinária em propriedades leiteiras”, lembra.
Naquela época, Fabrízio arrendou a fazenda de um conhecido onde fez as primeiras tentativas no negócio, mas desistiu do projeto. “A assistência veterinária demandava tempo e gerava uma renda maior. O que somado ao medo e imaturidade de investir na queijeira fez com que interrompêssemos o sonho”, explica.
Há dois anos, Mória voltou, pois durante a pandemia a solução encontrada pela família foi produzir os queijos para conseguir renda extra. O empresário relata como foi esse retorno ao trabalho artesanal. “Mesmo com simplicidade e pouco recurso, mas com muita fé, retomamos o sonho que havia sido interrompido anos atrás. O que nos motivou e impulsionou foi o desejo de cumprir um propósito maior”, diz.
Hoje, ele fica à frente da produção e a esposa Juliana cuida do processo de maturação dos queijos. As filhas pequenas do casal também fazem cada uma sua parte. “Minha filha mais velha Micaela fica no marketing e a caçula fica responsável pelas receitas, a mini chef Samara”, fala orgulhoso.
No interior do Estado, eles fazem o Mória nevada a base de kefir, Moriá gold e o colonial. O primeiro fica 35 dias em maturação, o segundo 45 e o última 60 dias. Como a cura de cada queijo é diferente, o sabor também é outro no resultado final.
Fabrízio comenta sobre as particularidades de cada queijo. “O Nevada tem casca natural com crescimento de mofo branco sabor e identidade bem marcante, ele se desmancha na boca, o sabor é intenso e levemente salgado. O Gold é nosso queijo mais versátil só de ver fogo já derrete. Usamos ele como raclete e o sabor é levemente amanteigado de massa lisa com oleaduras e textura macia. O Colonial foi inspirado no parmesão de massa semi dura e sabor mais intenso e levemente picante”, destaca.
Desde que voltou ao ramo da queijaria, o empresário conta que participou de cursos e encontros. “Juntamente com isso vieram conexões com grandes queijeiros do Brasil e do exterior. Conhecimento, aprendizado, troca de experiências e cursos renomados”, comenta.
Esses encontros só fez o desejo em produzir queijo aumentar. Por isso, o sonho da família é que o mesmo seja referência. “Queremos construir uma queijaria com caverna para maturação de queijos, participar de turismo rural e colocar o MS no mapa do queijo artesanal brasileiro. Nosso slogan é: ‘Levando felicidade em forma de queijo”, conclui.
A família entrega os queijos para Campo Grande e outros municípios. Quem quiser encomendar, o perfil da queijaria no Instagram é @moriaqueijosartesanais
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