Restaurante saudável nasceu após Patrícia perder marido para o câncer
Empresária aprendeu sobre alimentação orgânica com tratamento do marido e transformou conhecimento em trabalho
Há dois anos, Patrícia Franco, de 35 anos, decidiu transformar o conhecimento sobre alimentação, que adquiriu durante um período de sofrimento, em seu projeto de vida. Foi assim que, após perder o marido para o câncer, começou a trabalhar com alimentos saudáveis e se viu transformando seu próprio cotidiano através de um restaurante funcional e orgânico.
De pizza proteica até strogonoff com creme de inhame, Patrícia se especializou na produção de pratos saudáveis e conta que, a partir de meses dolorosos, viu a importância da preocupação com os alimentos. Hoje, toda sua produção é feita com itens orgânicos e busca gerar o máximo de benefício para quem a consome.
Rememorando a trajetória, Patrícia conta que em setembro de 2019, toda a sua vida começou a mudar após receber a notícia de que seu companheiro estava com um câncer no estômago, já em estado avançado. Na época, ela trabalhava como esteticista e o marido, Michel, então com 35 anos, com o mercado financeiro.
Com o diagnóstico em mãos, os dois começaram a buscar tratamentos que pudessem reverter o quadro e, incluindo a alimentação, detalhes de práticas cotidianas foram alterados. “Na época, eu fui buscar ajuda médica e nutricional para cuidar dele. Trocamos até as vasilhas de casa por vidro, as panelas antigas por novas de aço cirúrgico. Tudo porque cada contaminação mínima era prejudicial”, conta.
Na saga por estratégias que ajudassem no combate da doença, Patrícia se viu direcionada para a alimentação saudável. Ela relata que, desde então, a forma com que passou a perceber os alimentos mudou completamente.
“Nós fomos trocando tudo até que conheci a alimentação funcional e orgânica. Nesse período do tratamento, comecei a cozinhar, estudar os alimentos e procurar sobre os benefícios de cada coisa”, diz.
Devido ao estágio avançado da doença, todos os detalhes eram importantes e faziam diferença para Michel, conforme Patrícia relata. Por isso, além da comida ser saudável, ela precisava ser saborosa para que ele tivesse vontade de se alimentar.
Foram cinco meses em tratamentos hospitalares somados à mudança alimentar até que a empresária viu o marido partir em 2020. “Fiquei três meses bem reclusa, todo esse tempo sem sair de casa. Até que resolvi começar a testar algumas receitas com base no que eu tinha aprendido durante o tratamento dele.”
Pé de Inhame
Sem saber como retomar a vida, ainda no período de luto, Patrícia decidiu se voltar para os cuidados com a alimentação dentro de casa. Ela conta que enquanto pensava sobre o tratamento do marido, percebeu quanta diferença as refeições haviam feito no cotidiano dos dois e resolveu tentar levar o modo de vida para outras pessoas.
“Depois de seis meses, eu comecei a dar as comidas para familiares e pessoas próximas experimentarem. Comecei a trabalhar em casa mesmo e resolvi montar o Pé de Inhame para levar o cuidado que eu tinha com o Michel para outras pessoas”, explica.
Pouco tempo depois, a empresária recebeu o convite para abrir um restaurante dentro do espaço de uma academia e, agora, se prepara para inaugurar a segunda unidade. Sobre o nome, ela narra que durante o tratamento do marido, a melhor experiência para ajudar na imunidade foi com o inhame. Por isso, levou o alimento para intitular a empresa.
Ao lado da mãe e de seu novo companheiro, a empresária detalha que segue com a mesma missão: mudar o estilo de vida das outras pessoas a partir da alimentação.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Patrícia e realizar encomendas, é só acessar a página do restaurante no Instagram @pedeinhame.
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