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Lado Rural

Com MS Irriga, Governo quer aumentar em 40% área irrigada em MS

Estado conta com 320 mil hectares de agricultura irrigada

Por Fernanda Palheta | 23/07/2024 18:51
Governador Eduardo Riedel durante o lançamento do programa MS Irriga na tarde desta terça-feira (23), na Famasul (Foto: Osmar Veiga)
Governador Eduardo Riedel durante o lançamento do programa MS Irriga na tarde desta terça-feira (23), na Famasul (Foto: Osmar Veiga)

Com o objetivo de impulsionar a produção agrícola e aumentar em 40% a área de irrigação em Mato Grosso do Sul até 2030, o Governo do Estado lançou nesta terça-feira (23), o “MS Irriga”, Programa Estadual de Irrigação, que faz parte do Prosolo (Plano Estadual de Manejo e Conservação do Solo e Água).

Para o governador, Eduardo Riedel (PSDB), o MS Irriga é um marco. "Todo esse conjunto de políticas públicas vai desaguar, sem dúvida, na diversificação, na eficiência, na capacidade que o Estado vai ter em aumentar seu valor de produção e na competitividade do produtor", disse.

De acordo com Riedel o crédito será condido pelo Banco do Brasil, via FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), e irá beneficiar todo produtor que quiser investir nessa tecnologia.

"Todo produtor que quiser fazer o investimento vai encontrar esse ambiente de competitividade para licença, crédito, conhecimento. A demanda de irrigação esse ano já está perto de R$ 60 milhões, no ano passado foi de R$ 134 milhões. Está avançando e todos que forem buscar esse financiamento e a modalidade de irrigação, vão encontrar esse ambiente mais competitivo”, completou Riedel.

Hoje, o Estado conta com 320 mil hectares de agricultura irrigada. Segundo dados apresentados pelo Governo, Mato Grosso do Sul se destaca por possuir abundantes recursos hídricos, com duas bacias hidrográficas: a do Rio Paraguai e do Rio Paraná, além de abranger parte do Aquífero Guarani. O Estado tem potencial de atingir até 4 milhões de hectares de área irrigada.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Veruck, destaca que essa era uma demanda antiga. “A irrigação já era uma demanda das câmaras setoriais e nós isso priorizamos no FCO. E este ano temos uma redução de taxa de juros em um prazo de 10 anos. Desta forma o produtor consegue tomar o financiamento, fazer o investimento e pagar esse investimento.”, disse.

O secretário exemplifica os benefícios que a irrigação trará. "A soja, por exemplo, temos 4 milhões de hectares de soja, depois da colheita eu planto no milho na mesma área. Hoje eu consigo fazer isso apenas em 2 milhões de hectares, os outros dois milhões eu não consigo porque eu não tenho chuva. Com a irrigação eu consigo fazer 100% dessa área, aumentando a produtividade".

Conforme Verruck, no Estado não há polos de irrigação na Bacia do Paraná, única em que é permitido outorga. "Hoje os principais rios que tem irrigação são o Rio Pardo e o Rio Ivinhema, então identificamos que essas duas regiões podem ser polos de irrigações, áreas já ocupadas e tradicionais", detalha.

Também foi anunciado o edital do ‘Novo Siga MS’, que passará a fazer o mapeamento completo das áreas irrigadas. A previsão é de aplicar R$ 38,8 milhões no período de cinco anos. O edital receberá recursos do Fundems (Fundo para o Desenvolvimento das Culturas do Milho e Soja).

Verruck detalha o papel da ferramenta. "Nós tivemos um grande trabalha para identificar como estava a irrigação em MS e o Siga vai fazer o monitoramento de qual o tipo de cultura que estamos colocando, qual a produtividade, qual o volume de água que estava fazendo para que a gente possa ter ideia de qual a safra agrícola do MS oriundo de áreas irrigadas. É um instrumento de gestão da política de irrigação", afirmou.

Durante o evento, a distribuição de energia elétrica foi apontada como um dos principais gargalos dos produtores irritantes, que em sua maioria utilizam geradores. Para solucionar o problema o Governo do Estado está dialogando com a concessionária de energia em busca de reduzir o tempo de instalação. Segundo Verruck, o prazo para que a energia chegue ao produtor rural é de até 500 dias.

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