MS colhe 75,8% da soja, mas fica abaixo da média histórica
Regiões sul e sudeste têm até 48,1% das lavouras em condições ruins, aponta Aprosoja
Mato Grosso do Sul alcançou 3,4 milhões de hectares colhidos de soja, o que representa 75,8% da área total estimada, informa a Aprosoja (Associação de Produtores de Soja), em atualização publicada nesta quarta-feira (19). O número, no entanto, está abaixo da média dos últimos cinco anos, que até o mesmo período era de 79%.
O clima, com a escassez de chuvas nos meses de dezembro e janeiro, foi o principal fator que causou o atraso na colheita e prejudicou o rendimento das lavouras, de acordo com o projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio). Cerca de 50% das lavouras no estado estão afetadas pelo estresse hídrico, com as lavouras semeadas entre setembro e outubro sendo as mais impactadas.
As chuvas esparsas dos últimos dias não foram suficientes para recuperar o atraso, e a falta de precipitações no período crítico para o desenvolvimento da soja comprometeu o enchimento dos grãos.
Além do impacto das condições climáticas, o estado também enfrenta variações nas condições das lavouras. As regiões norte, nordeste e oeste apresentam maior percentual de lavouras em boas condições (71,7% a 85,9%), enquanto as regiões sul e sudeste têm até 48,1% das lavouras em condições ruins, o que afeta diretamente o rendimento da safra.
Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja, destacou que as lavouras mais atingidas foram as semeadas entre setembro e outubro, que sofreram com a redução drástica das chuvas entre dezembro e janeiro, especialmente no mês de janeiro, que é crucial para o preenchimento dos grãos. "Apesar das chuvas esparsas registradas nos últimos dias, com acumulados de até 78 milímetros, o padrão irregular prejudicou a continuidade da colheita", afirmou.
Vale relembrar que, a expectativa para a safra era de um aumento de 6,8% na área plantada em relação ao ciclo passado, o que totalizaria 4,5 milhões de hectares e uma previsão de produção de 13,977 milhões de toneladas.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.
