Para evitar pragas, MS adere ao vazio sanitário da soja
Cultivo será suspenso até 15 de setembro para o controle da ferrugem asiática
Com objetivo de prevenir e controlar a propagação de doenças e pragas nas lavouras, Mato Grosso do Sul aderiu ao vazio sanitário da soja nesta semana. Desde sábado (15), está proibido o cultivo, implantação ou presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de crescimento.
De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), as medidas em vigor serão adotadas até 15 de setembro. Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
O fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, é uma doença que pode ocasionar até 75% de perda da safra e que possui alta capacidade de reprodução e disseminação.
Para a definição das datas, o Mapa considerou as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pelos estados. O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold destacou a importância de cumprir a determinação e obedecer o calendário.
“A tratativa é definida e baseada em resultados de extensivas pesquisas e experimentos realizados por instituições renomadas em nosso Estado. Planejado para otimizar nossas práticas agrícolas e minimizar o risco e o impacto da ferrugem asiática, uma das maiores ameaças à nossa produção de soja”, salientou.
Na safra 2022/2023, o Estado registrou 57 casos de ferrugem asiática, ficando atrás apenas do Paraná, com 83 casos. O Mato Grosso, maior produtor de soja, registrou apenas 16 ocorrências. Em MS, o maior número de casos foi registrado no município de Naviraí, 16.
Receba as principais notícias do Estado no WhatsApp. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram e TikTok