Praga atinge lavouras de mandioca no norte do país e acende alerta em MS
Manivas de má procedência podem contaminar toda produção com nova praga quarentenária, que afeta Amapá e Pará
Após a nota do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) sobre a emergência fitossanitária devido ao avanço de uma nova praga quarentenária da mandioca, no Norte do país, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) alerta para os cuidados que devem ser tomados pelos produtores em Mato Grosso do Sul.
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Após a emergência fitossanitária declarada pelo Mapa devido à praga Rhizoctonia theobromae, conhecida como "vassoura de bruxa", que afeta lavouras de mandioca no Norte do Brasil, a Iagro alerta produtores de Mato Grosso do Sul sobre os riscos de contaminação. A praga, detectada no Amapá e já presente no Pará, não ameaça a saúde humana, mas é altamente destrutiva para as plantações. A Iagro recomenda que produtores conheçam a origem das manivas e monitorem sintomas da praga. A mandioca é crucial para a economia local e subsistência de comunidades tradicionais. MS liderou exportações de fécula de mandioca em 2022.
Segundo a nota de esclarecimento, divulgada na segunda-feira (10), a praga Rhizoctonia theobromae, conhecida como “vassoura de bruxa”, é uma doença nova, detectada oficialmente em julho de 2024 no estado do Amapá e já está chegando ao Pará. O fungo não representa qualquer risco à saúde humana, apesar de ser altamente destrutivo para as lavouras.
Mesmo sendo longe de MS, ao Campo Grande News a Iagro explicou que as condições climáticas e até condutas humanas podem favorecer a proliferação, como a compra de manivas contaminadas.
"Como a praga é disseminada por esporos de fungo e, sendo uma estrutura muito pequena, o risco de chegar até o Estado existe se considerarmos fatores abióticos, como tempestade, movimento de correntes de ar e tudo mais. Mas a principal forma de disseminação são as manivas contaminadas, então as atividades humanas são um fator importante para aumento do risco na disseminação da praga", detalhou.
Por isso, a Agência alerta que é muito importante que o produtor tenha conhecimento da origem dos materiais que ele utiliza para estabelecer as lavouras de mandioca, para evitar qualquer importação de manivas de mandioca da região norte do Brasil.
Além disso, a importância da mandioca para economia local e para a subsistência de povos originários e comunidades tradicionais deve ser levado em consideração, já que uma praga como esta pode ter um impacto social muito grande.
"Outro ponto importante é o produtor conhecer os principais sintomas da praga e monitorar a sua lavoura e qualquer preocupação ou qualquer suspeita sobre a presença da vassoura de bruxa da mandioca na lavoura, procure a Iagro mais próximo da sua propriedade, ou diretamente ao telefone (67) 99971-8163", reforçou.
Por fim, a orientação é que o produtor invista no plantio de manivas de variedades resistentes a doenças fúngicas e se preocupar com a entrada de materiais de propagação, máquinas e equipamento de área indenes e impedir a entrada e circulação de pessoas com veículos dentro da sua lavoura.
Segundo a Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Mato Grosso do Sul bateu novo recorde na exportação de fécula de mandioca, registrando primeiro lugar do País em exportações no ano de 2022, com 23 mil toneladas e US$ 17 milhões de dólares em receita. Em 2023, o Estado ocupou a segunda posição.
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