Verruck afasta risco de "vaca louca" em MS e aposta em "caso atípico"
Único risco apontado é que exportações sejam afetadas e problemas recaiam no mercado interno
Chefe da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck afastou nesta sexta-feira (3), o risco de que Mato Grosso do Sul seja afetado pelo registro de caso suspeito de "vaca louca" em bovino de Minas Gerais - a situação está sob investigação.
Ele conversou com a reportagem do Campo Grande News nesta manhã, durante evento de inauguração da nova sede do Sebrae, localizada no Bairro Nova Lima, região norte da Capital. Lá, o secretário afirmou acreditar se tratar de um "caso atípico".
"Essa situação aconteceu em Minas Gerais e não cabe ao Mato Grosso do Sul tomar alguma medida. Quem tem que tomar, é o Ministério da Agricultura, e foram tomadas. Provavelmente, é um caso atípico, que é quando ocorre por causa da idade avançada do animal", comentou durante entrevista coletiva Verruck.
Contudo, o secretário destaca que existe um risco mínimo, que é o das exportações serem afetadas. "A pecuária brasileira hoje, depende das exportações, e se colocar isso no mercado nacional, é um problema, de preço e de emprego".
Jaime Verruck ainda frisa que os frigoríficos tomaram uma decisão de se antecipar a qualquer medida sanitária governamental e seguraram os abates. A situação causou também a queda de preço da arroba do boi.
"Vejo essa antecipação [dos frigoríficos] como desnecessária, já que estão sendo adotados todos os procedimentos pelo Ministério. Provavelmente, na segunda-feira (6), sai o resultado do exame e a perspectiva é que seja um caso atípico, igual houve há dois, três anos, e volte tudo a normalidade.
Caso em MG - Autoridades brasileiras encaminharam para análise material coletado de um animal com suspeita de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), doença conhecida como "vaca louca". O bovino é de Minas Gerais e os auditores fiscais agropecuários identificaram comportamento suspeito durante as inspeções pré-abate.
Em nota, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que o resultado será divulgado após a conclusão das investigações. A doença atinge o sistema nervoso central de bovinos em geral.
Quando se trata de uma situação tida como "caso atípico", significa que não há risco de contaminação ao ser humano e outros animais, já que a mesma se manifesta devido à idade avançada do bovino, e não por transmissão.