ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  08    CAMPO GRANDE 21º

Mato Grosso do Sul

Por meio de aplicativo, comunidades esquecidas conseguem "entrar no mapa"

Mato Grosso do Sul foi o segundo estado com o maior número de comunidades cadastradas no mapa interativo

Gabrielle Tavares | 03/01/2023 15:21
Aplicativo é gratuito e pode ser usado em qualquer celular. (Foto: Henrique Kawaminami)
Aplicativo é gratuito e pode ser usado em qualquer celular. (Foto: Henrique Kawaminami)

Um aplicativo de celular, que funciona até sem internet, foi criado para tirar da invisibilidade comunidades tradicionais e agricultores familiares ao redor do Brasil. Através do projeto "Tô no mapa", os grupos podem fazer o próprio automapeamento de seus territórios.

Até julho de 2022, último relatório divulgado pela iniciativa, Mato Grosso do Sul foi o segundo estado com o maior número de cadastros, sendo 22 no total (16%). Em todo o País, foram 137 comunidades de Territórios Tradicionais validadas no aplicativo Tô no Mapa, que ocupam aproximadamente 631 mil hectares e são habitadas por 13.238 famílias.

Minas Gerais e Mato Grosso do Sul são os dois estados com a maior porcentagem em termos de famílias, sendo 30% em Minas Gerais e 19% no Mato Grosso do Sul.

Número de territórios de comunidades tradicionais cadastrados no aplicativo por estado. (Foto: Tô no mapa)
Número de territórios de comunidades tradicionais cadastrados no aplicativo por estado. (Foto: Tô no mapa)

No mapa interativo do projeto, é possível conferir todas as comunidades com o cadastro completo. No Estado, aparecem a Aldeia Passarinho, em Miranda, com 350 famílias, entre agricultores familiares e indígenas.

Assim como a Aldeia Lagoinha, em Aquidauana, com 190 famílias indígenas, e a Aldeia Lagoinha de Sidrolândia, com 106 famílias.

Também em Sidrolândia está cadastrada a Aldeia Tereré, com 39 famílias indígenas. Além de outras sete comunidades em Aquidauana, quatro em Nioaque e uma em Sidrolândia.

De acordo com a organização, os dados auxiliarão a luta das comunidades por direitos territoriais ainda não reconhecidos, por meio de uma ferramenta acessível e gratuita, construída a partir do diálogo entre diversas comunidades e organizações sociais.

O projeto é uma iniciativa do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) junto ao ISPN (Instituto Sociedade, População e Natureza) e à Rede Cerrado, em parceria com o Instituto Cerrados.

Nos siga no Google Notícias