Aterro sanitário de Campo Grande será ativado em julho de 2012
A produção anual do lixo na Capital chega a 252 mil toneladas
Com vida útil de uma década, o aterro sanitário de Campo Grande será ativado em julho do ano que vem. “Estamos cumprindo rigorosamente o nosso programa”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcos Cristaldo.
A próxima etapa para que a Capital possa dar destinação correta ao lixo será a conclusão da obra da UPL (Unidade Processadora de Lixo). A unidade deve ficar pronta até dezembro, com previsão de entrar em funcionamento em março. “A UPL ocupa uma área de 5 hectares, com refeitórios, vestuário correto, equipamentos adequados”, salienta.
A unidade de triagem, onde o lixo reciclável será separado, deve empregar entre 200 e 250 pessoas. Segundo Cristaldo, será criada uma associação de catadores. A prefeitura deve conhecer os projetos já adotados em Vitória (ES) e Santo André (SP).
“O aterro é uma obra de engenharia. Tem uma manta isolando o chão. O chorume vai para uma lagoa, onde será tratado. A cada três metros [de resíduos] terá uma cobertura”, explica o secretário.
Segundo o titular da Semadur, o gás metano gerado pela decomposição dos detritos será queimando e transformado em CO2. “O gás carbônico polui 21 vezes menos”, afirma o secretário.
O projeto de destinação correta do lixo em Campo Grande também inclui a coleta seletiva, em vigor desde julho. “No primeiro mês, foram 65 tonelada. Em agosto, aumentou em quase 50%, com recolhimento de 100 toneladas.
A produção anual do lixo na Capital chega a 252 mil toneladas. Se empilhado, o montante resultaria em 42 prédios de 18 andares.
Fim - A ativação do aterro exige também a desativação do Lixão. A montanha de lixo, localizada na saída para Sidrolândia, será incluída num projeto de recuperação de área degrada. O Lixão terá tratamento do chorume e será coberto por vegetação.
A recuperação deve levar até um ano e meio. A ativação do aterro, o fim do Lixão, a construção da UPL e o residencial para os catadores – já entregue – resultam em custos de R$ 13 milhões.
A prefeitura recebeu R$ 4,5 milhões da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e R$ 4 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O prazo nacional é que até 2014 todos os municípios tenham acabado com os lixões.