Audiência discute destino de resíduos de construção civil em Campo Grande
MS-080 e Noroeste serão o destino até dia 31. Nova administração deverá traçar projeto
Aconteceu na tarde de hoje (13) a audiência que discutiu a questão da destinação final de resíduos da construção civil em Campo Grande, como previstos em Lei. Autoridades, empresários que trabalham com as caçambas e integrantes da equipe de transição do prefeito eleito, Alcides Bernal, participaram do debate, que satisfez todos os lados e foi considerada produtiva.
“A partir de amanhã não se despejará mais lixo no bairro Dom Antônio e até o dia 31, o Noroeste e a saída Rochedo são as opções até que a nova gestão assuma e defina novas opções para os resíduos”, explana o técnico da Seintrha (Secretaria Municipal De Infraestrutura, Transporte e Habitação), Alcindo de Macedo.
Segundo Macedo, um projeto com três novos locais em potenciais serem ATTs (Área de Transbordo e Triagem) e outros oito “Ecopontos” serão entregues a administração Bernal, e que deverão ser prosseguidas por ela.
O assessor da equipe de transição do prefeito eleito, Semy Ferraz, promete avaliar e dar prosseguimento ao que foi debatido na audiência, mas antes haverá uma reavaliação de contratos para apurar possíveis desproporções.
“Despejar tudo nos mesmos pontos sempre é uma opção burra, o mesmo para quando se permitir os serviços a mesma empresa” critica Ferraz.
O “caçambeiros” temem o monopólio da Solurb para toda a questão dos resíduos e também sob as áreas onde poderiam descarregar o material recolhido na cidade.
"Não podemos deixar que apenas uma empresa possa entregar o certificado de despejo legal dos resíduos, não queremos ficar com os restos. Ficar depositando como a prefeitura faz, com buracos de propriedades privadas não é vantajoso, é empurrar com a barriga”, salienta o presidente da ACLBM (Associação Campo-Grandense de Locação de Bens Móveis), Arthur Fernandes.
Além de todos pontos debatidos, outra unanimidade nas opiniões dos participantes foi a conscientização da população, com ela a divisão dos resíduos poderá de qualificar, como muitos acontece nos grandes centros do país.
Segundo o presidente da ACLBM, atualmente existem 53 empresas trabalhando com caçambas, desses, 28 estão cadastrados na prefeitura e 32 a associação.