Bacia do rio Paraguai tem menor acumulado de chuva da série histórica
Dados ainda mostram que, de maio e junho, todos os incêndios no Pantanal foram causados por ação humana
A bacia do Paraguai, que atravessa o Pantanal, teve o menor acumulado de chuvas por ano hidrológico da série histórica. O dado foi divulgado nesta terça-feira (9) pelo boletim semanal de combate aos incêndios florestais no Pantanal, feito pelo Governo Federal.
Conforme gráfico do boletim, até o momento, em 2024, foram 641 milímetros de chuva. Até então o menor número havia sido o de 2021, que registrou 730 milímetros. Estes dados específicos são levantados desde 2001 e apenas em três oportunidades registraram acumulado abaixo de 1.000; além dos anos de 2021 e 2024, no ano de 2020 também
Ainda conforme o boletim, de maio e junho, todos os incêndios no bioma foram causados por ação humana, não sendo registrados incêndios causados por raios no período .
De 1º de janeiro a 7 de julho de 2024 foram registrados 3.919 focos de calor no Pantanal, sendo 79% em Mato Grosso do Sul e 21% em Mato Grosso. Em relação as cidades atingidas, 68,2%dos focos de calor de 1º de janeiro a 7 de julho foram registrados em Corumbá (MS). Cáceres (MT) concentrou 11%.
Área queimada - De 1º de janeiro a 7 de julho de 2024 foram queimados 762 mil hectares no Pantanal (5,05%do bioma). Na última semana (1º a 7 de julho de 2024) houve incremento de 61 mil hectares em área queimada no bioma.
Ações de combate - Bombeiros e brigadistas combateram 54 incêndios até dia 7 de julho, dos quais 30 foram extintos. Já 24 continuam ativos, mas desses, 13 são considerados controlados.
De acordo com explicação do boletim, o incêndio ativo controlado é quando o fogo está cercado por uma linha de controle, que pode ter sido formada por combate direto, linhas de defesa, aceiros e barreiras naturais ou artificiais. Neste caso, ainda restam ilhas, troncos, árvores e outros combustíveis florestais queimando na área — focos ativos que precisam ser extintos para não ultrapassar a linha de controle e provocar novos incêndios.
O Governo Federal empenhou 830 profissionais, sendo mais da metade (452) das orças Armadas. Também disponibilizou 15 aeronaves, com 6 aviões e 9 helicópteros.
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