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Meio Ambiente

Com 40% menos chuva, estiagem chega antes e Pantanal tem 400 focos de fogo

Uso inadequado do fogo elevou incidência de queimadas na região do Pantanal que não tem expectativa de chuvas

Rosana Siqueira | 21/04/2020 14:33
Na região do Pantanal já são 400 focos de incêndios até agora (IHP-Rede Amolar)
Na região do Pantanal já são 400 focos de incêndios até agora (IHP-Rede Amolar)

Com chuvas 40% abaixo do esperado a seca no Pantanal já provoca danos ao meio e hoje são pelo menos 400 focos de queimadas na região. Os dados são do presidente do Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), coronel Ângelo Rabelo que está ajudando nos trabalhos de contenção de fogo na área da Fazenda Santa Terezinha. Ele destaca que o trabalho e uma mobilização gigantesca que inclui o Corpo de Bombeiros, CNBio, Ibama e Polícia Militar Ambiental (PMA).

“Estamos na Fazenda coordenando operações de de combate ao fogo e vemos que o quadro da seca desde o início do ano com chuvas abaixo do esperado, trouxe resultado impressionante no meio ambiente. Estão secando áreas que não secavam há mais de 30 anos e o uso do fogo se tornou inadequado”, alertou o coronel.

Foto de cargaça de animal em terreno completamente seco, divulgada por Ângelo Rabelo. (Foto: Reprodução Instagram)
Foto de cargaça de animal em terreno completamente seco, divulgada por Ângelo Rabelo. (Foto: Reprodução Instagram)

Ele destaca que na região ó fogo foi utilizado de diferentes formas e se alastrou pelas áreas. “São pelo menos 200 focos de fogo na região sul da rede da Serra do Amolar e pelo menos 200 na frente norte vindo do Parque Nacional”, enfatizou Rabelo.

Com isso ele destaca que estão fazendo uma manobra gigantesca para tentar controlar o avanço das queimadas. “Temos cerca de 15 homens atuando hoje para garantir que consiga fazer combate e sem nenhuma expectativa de chuva”, concluiu.

Aumento - Neste ano o números de queimadas segue acima da média e 2020 já registra o mês de abril com maior quantidade de focos de calor da última década em Mato Grosso do Sul. Satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificaram 387 locais até o dia 21, concentrados principalmente em Corumbá - a 419 quilômetros de Campo Grande.

Até o ano passado, a maior quantidade de queimadas no mês de abril havia sido registrada em 2009, com 639 focos. Comparando os números dos estados brasileiros ainda nesse mês, MS possui o segundo lugar e fica atrás apenas de Mato Grosso - que reúne 716 locais identificados pelo Inpe.

 Devido à maior quantidade de focos de queimada identificada já em março e abril, os bombeiros precisaram lançar neste mês o plano de prevenção, que seria divulgado no meio do ano.

Entre 16 de março e abril, os militares receberam quase o dobro de solicitações nos municípios do interior em relação a 2019 - foram 244 neste ano e 123 no passado.

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