Combate a incêndio no Pantanal terá reforço de bombeiros de 7 estados
O militares de Goiás já estão trabalhando no controle das chamas, enquanto os de Paraná devem chegar amanhã
Combate a incêndio no Pantanal, receberá reforço do Corpo de Bombeiros de outros sete estados brasileiros. Conforme divulgado, militares de Goiás já estão atuando na “Operação Pantanal 2024”, em Mato Grosso do Sul.
O primeiro grupo de reforço a chegar, a GCIF (Guarnição de Combate a Incêndios Florestais) de Goiás, participou da missão na região de Maracangalha, em Corumbá, próximo ao Rio Paraguai.
Com 12 integrantes, bombeiros do Paraná tem previsão de chegada para quinta-feira (25), à tarde. O grupo está trazendo equipamentos de combate a incêndios florestais, material de comunicação e EPI (Equipamento de Proteção Individual). Os militares devem iniciar os trabalhos na sexta-feira (26).
Nos próximos dias ainda devem chegar em MS bombeiros de São Paulo, Sergipe, Pará, Rondônia e Paraíba. As equipes estão sendo mobilizadas através da LigaBom (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil).
Pontos de combate - O Corpo de Bombeiros está atuando em quatro regiões para combater o fogo. Umidade relativa do ar baixa, seca e temperaturas altas dificultam o trabalho. Uma delas incide na Área de Adestramento da Marinha, que fica na Rabicho. O fogo atinge há dias e emite a fumaça que chega à área urbana de Corumbá. Até ontem, as chamas haviam cessado, mas o monitoramento continuava.
Outro é um de grande extensão acompanhado na região de Porto da Manga. Brigadistas trabalham por lá com apoio de aeronaves. Na região de Maracangalha o combate era feito apenas por terra até a última manhã.
O fogo atingiu novas áreas. Inclusive, foi identificado ontem em uma porção próxima ao Refúgio Caiman, fazenda famosa pelos safáris de luxo que oferece em meio ao bioma. O Corpo de Bombeiros informou que o foco foi visto por imagens de satélite e que uma equipe foi vistoriar as coordenadas, que dão no Pantanal de Aquidauana.
A Caiman já enfrentou o fogo em 2019, quando mais de 35 mil hectares da fazenda foram assolados. A propriedade, além de receber turistas para o safári, é sede de dois projetos de conservação natural: o Onçafari, que protege as onças-pintadas e monitora antas, e a do Instituto Arara Azul, que contribui para aumentar a população da espécie ameaçada de extinção.
Causas - Estão sob investigação pela Polícia Federal e Ministério Público, além de receberem vistoria da Polícia Militar Ambiental e do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) as propriedades onde os incêndios começaram. De acordo com o apurado até agora, a maior parte foi causada pela ação humana. Os órgãos ainda não emitiram relatórios finais sobre as investigações.
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