Incêndios voltam ao Pantanal e foco é identificado próximo a safári de luxo
Umidade relativa do ar baixa, seca e temperaturas em elevação dificultam trabalho dos brigadistas
Com o reforço nas operações de combate ao fogo por mais brigadistas, aeronaves e equipamentos, além da ajuda de três frentes frias, os incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul deram uma trégua no início deste mês de julho, mas voltaram a ocorrer em maior intensidade desde a semana passada.
O fogo atinge novas áreas. Inclusive, foi identificado ontem (23) em uma porção próxima ao Refúgio Caiman, fazenda famosa pelos safáris de luxo que oferece em meio ao bioma.
O Corpo de Bombeiros informou que o foco foi visto por imagens de satélite e que uma equipe foi vistoriar as coordenadas, que dão no Pantanal de Aquidauana.
"O satélite detecta focos de calor, tendo conhecimento de tais focos, os militares são enviados ao local para fazer a confirmação, se há ou não focos de incêndios. A equipe que foi deslocada para as proximidades da fazenda Caiman confirmou o foco de incêndio e se encontra no local realizando o combate.", afirma a assessoria de imprensa da operação.
Em junho, brigadistas estiveram dentro da propriedade para acompanhar uma queima controlada de área com 1 mil hectare aproximadamente. A ação fez parte do "manejo integrado do fogo", segundo os bombeiros.
Em 2019 - A Caiman já enfrentou o fogo em 2019, quando mais de 35 mil hectares da fazenda foram assolados.
A propriedade, além de receber turistas para o safári, é sede de dois projetos de conservação natural: o Onçafari, que protege as onças-pintadas e monitora antas, e a do Instituto Arara Azul, que contribui para aumentar a população da espécie ameaçada de extinção.
Outros pontos - O Corpo de Bombeiros também informou que atua em outras três regiões para combater o fogo. Umidade relativa do ar baixa, seca e temperaturas altas dificultam trabalho.
Uma delas incide na Área de Adestramento da Marinha, que fica na Rabicho. O fogo a atinge há dias e emite a fumaça que chega à área urbana de Corumbá. Até ontem, as chamas haviam cessado, mas o monitoramento continuava.
Outro é um de grande extensão acompanhado na região de Porto da Manga. Brigadistas trabalham por lá com apoio de aeronaves.
Por último, a região de Marangalha, onde o combate era feito apenas por terra até a última manhã.
Causas - Estão sob investigação pela Polícia Federal e Ministério Público, além de receberem vistoria da Polícia Militar Ambiental e do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) as propriedades onde os incêndios começaram.
De acordo com o apurado até agora, a maior parte foi causada pela ação humana. Os órgãos ainda não emitiram relatórios finais sobre as investigações.
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