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Meio Ambiente

Consórcio entra na Justiça contra Bernal para liberar inspeção veicular

Aline dos Santos | 13/05/2013 10:19
Contrato para inspeção ambiental veicular foi suspenso em janeiro.
Contrato para inspeção ambiental veicular foi suspenso em janeiro.

Vencedor de licitação para inspeção veicular em Campo Grande, o consórcio Inspecionar entrou na Justiça para derrubar a decisão do prefeito Alcides Bernal (PP), que suspendeu a vigência do contrato em 11 de janeiro.

“O mandado de segurança é para cassar a decisão do prefeito sobre a suspensão do contrato”, afirma o advogado Jader Evaristo Tonelli Peixer. Na ação, o consórcio informa que o contrato não tem previsão do instrumento jurídico “aviso de suspensão”.

Além de nenhum representante do grupo ter sido ouvido anteriormente pelo prefeito, ferindo o princípio do contraditório. “Foi cometido um equívoco pelo Chefe do Executivo Municipal de Campo Grande”, diz o processo.

Na ação, distribuída na última sexta-feira à 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, também foi repassado à Justiça dados sobre as inspeções.

“Há demonstrações do Laboratório Inaíra - USP de que para cada 480 veículos a diesel inspecionados uma vida é salva. Em Campo Grande há 71.188 veículos movidos a diesel (dados obtidos no site do DENATRAN), o que significa que a inspeção nos veículos a diesel tem um potencial de salvar nada menos que 148 vidas por ano”, informa o mandado de segurança. O processo é contra o prefeito e o secretário municipal de Administração, Ricardo Trefzger Ballock.

O consórcio Inspecionar é formado pelas empresas Ivex Inspeção Veicular Ltda (empresa líder), Otimiza Sistemas Ltda e Cotran Controle de Transportes. O valor da inspeção seria de R$ 67, que deveria ser pago anualmente, junto com o licenciamento.

A licitação foi aberta em novembro de 2012 e concluída em 19 de dezembro. Cerca de 25 empresas retiraram o edital, mas apenas o Consórcio Inspecionar apresentou proposta. A concessão é válida por 20 anos, com lucro estimado de R$ 503 milhões.

Ao assinar ao contrato 419/2012, em dezembro do ano passado, o consórcio pagou R$ 1 milhão para a Prefeitura, que corresponde a 10% do valor total da outorga: R$ 10 milhões. O restante será pago em 19 anos.

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