Discussões sobre riscos da exploração do gás de xisto em MS continuam

A 5ª audiência pública sobre “Impactos na Extração do Gás de Xisto em Mato Grosso do Sul” acontece nesta quinta-feira (4), às 19 horas, na Câmara Municipal de Bataguassu, a 355 km de Campo Grande. O município está entre as 54 cidades do Estado que poderão ser atingidas com a extração do gás de xisto, também conhecido como gás de folhelho.

Os encontros já passaram por Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Santa Rita do Pardo e em Três Lagoas. Bataguassu faz parte do bloco da Bacia do Paraná e teve parte de sua área ofertada durante leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2017.

Autor do projeto de lei, que pede a suspensão da exploração do gás no Estado, no período de dez anos, o deputado Amarildo Cruz (PT) diz que a intenção da audiência é informar a população e as autoridades sobre os riscos que a atividade pode causar, caso seja iniciada.

Mato Grosso do Sul está localizado sobre o Aquífero Guarani, principal reserva subterrânea de água doce da América do Sul, que pode ser contaminada caso não sejam tomadas providências.

Técnica - A técnica utilizada na extração do gás de xisto, utilizado na geração de energia elétrica, é conhecida como fraturamento hidráulico ou fracking, que ultrapassa as fontes subterrâneas de água, onde um cano de aço, revestido por cimento injetado, leva água e produtos químicos e sua pressão causa fraturas que liberam o gás, altamente poluente, e que contamina a água, solo e ar.

Municípios de MS - Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu, Três Lagoas, Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Inocência, Rochedo e São Gabriel do Oeste.