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Política

Audiência vai debater suspensão da exploração do gás xisto por dez anos

Proposta foi apresentada na Assembleia e vai ser discutida por especialistas antes de ser votada

Leonardo Rocha | 16/04/2018 08:42
Audi~encia vai ocorrer nesta tarde na Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)
Audi~encia vai ocorrer nesta tarde na Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)

Os deputados promovem hoje (16), a partir das 13h30, uma audiência pública sobre os impactos ambientais da extração e exploração do gás xisto, em Mato Grosso do Sul. Está em tramitação na Assembleia um projeto que proíbe esta atividade, no métido de perfuração, seguida de fraturamento hidráulico, por dez anos no Estado.

O evento foi proposto pelo deputado Amarildo Cruz (PT), autor do projeto, que pretende debater o tema com especialistas e representantes do setor, antes que a matéria seja votada no plenário. Ele alega que esta forma de atividade pode trazer danos ao meio ambiente, prejudicando a preservação dos recursos naturais.

A preocupação do deputado ocorre pelo fato da Petrobras ter arrematado o bloco de exploração da Bacia Terrestre do Paraná, que engloba os municípios de Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu e Três Lagoas.

Danos - Este arremate ocorreu durante a 14ª rodada dos leilões promovidos pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em setembro do ano passado. Por esta razão o projeto foi apresentado no legislativo.

“A técnica utilizada na extração do gás de xisto provoca perfuração do solo, seguida de fraturamento hidráulico, o que segundo cientistas e estudiosos de vários países, causa graves impactos ambientais, muitos deles, irreversíveis, e nós temos muita preocupação, principalmente porque a população não está ciente do perigo", justifica o petista.

O gás de xisto é encontrado no interior de um tipo de rocha sedimentar, tendo basicamente a mesma composição química do petróleo, porém seu modo de produção é diferente. A sua extração, no entanto é polêmica, pois o processo de fraturamento pode gerar contaminação nos lençóis freáticos e de água potável aos cidadãos.

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