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Meio Ambiente

Em vídeo, brigadistas comemoram a chegada da chuva na Serra do Amolar

Depois de meses de trabalho sem trégua do fogo, vídeo mereceu a legenda: Cena bonita de se ver!

Laiane Paixão e Gabriel Neris | 16/10/2020 08:57



O dia de trabalho dos brigadistas, que se dedicam no combate aos incêndios da região pantaneira, foi abençoado com uma bela chuva no fim dessa quinta (15). O registro foi feito bem na hora que as equipes chegavam na base da Ecoa (Ecologia e Ação), na região da Serra do Amolar. Na página da organização o vídeo foi postado com a legenda: “Cena bonita de se ver!”.

A chuva era esperada e caiu em toda região pantaneira, ajudando a extinguir focos de incêndio que estavam sendo controlados pelas equipes nos últimos dias. Na região da Serra do Amolar onde houve o maior volume, a chuva amenizou bastante o entorno segundo o coronel Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro. “Não choveu dentro da Serra, quero crer que nos próximos dias, possamos extinguir todos os focos e iniciar o processo de resgate e salvamento dos animais silvestres”, conta.

Neste momento não chove em Corumbá, mas a previsão é de céu com muitas nuvens com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas  durante todo o fim de semana. O calor não vai dar trégua. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a máxima pode chegar aos 43ºC nos próximos dias.

De acordo com o governo do Estado, as chuvas contribuíram para extinguir os incêndios também no Parque Estadual de Ivinhema, onde houve combate intenso com apoio de aviões Air Tractor nos últimos dias. Um relatório apresentado pelo tenente-coronel Waldemar Moreira, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, aponta registro de focos de calor no entorno de Corumbá e Ladário e nas regiões do Rio Negro e na divisa do Estado com Mato Grosso, onde choveu na tarde dessa quinta-feira.

Equipes de brigadistas do Ibama/Prevfogo MS, estão concentrados na região pantaneiras, onde estão localizadas as terras indígenas Kadiweu, Taunay Ipegue e Limão Verde. Analista ambiental e coordenador, Alexandre Pereira, explica que boa parte dos incêndios estava sendo monitorados e controlados e que a chuva veio para extinguir as chamas que estavam se propagando.

Mesmo assim as equipes seguem nas áreas.  “Vamos continuar monitorando esses incêndios, principalmente nas regiões mais baixas do Pantanal, onde temos camadas e mais camadas de matéria orgânica que se acumulam ao longo dos anos e isso faz com que tenham os incêndios subterrâneos. Esse volume de chuva não foi suficiente para chegar nessas camadas mais profundas dessa matéria orgânica e extinguir totalmente esse fogo que queima por baixo”, esclarece o coordenador.

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