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Meio Ambiente

Força-tarefa reduz focos de incêndios, mas equipes continuam em alerta

Neste domingo (20), foram registrados 22 focos no Pantanal de Corumbá, 50% a menos que ontem (19)

Adriano Fernandes | 20/09/2020 20:01
Bombeiros combatendo foco de incêndio no Pantanal. (Foto: Chico Ribeiro) 
Bombeiros combatendo foco de incêndio no Pantanal. (Foto: Chico Ribeiro)

A força-tarefa composta por brigadistas, militares da Marinha e do Corpo de Bombeiros tem conseguido reduzir o número de incêndios no Pantanal. Neste domingo (20), foram registrados 22 focos na porção do bioma que fica em Corumbá, com redução de 50% em relação ao sábado, e apenas um foco em Pedro Gomes. “Uma situação bem diferente de uma semana atrás, resultado da pronta ação do governo na estruturação da operação de combate aos incêndios e a chegada das chuvas”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

As chuvas rápidas que ocorreram neste sábado (19) em Corumbá e por trecho da Estrada Parque e na reserva indígena Kadiwéu, por exemplo, apesar de fracas foram o suficiente para aumentar a umidade e favorecer o controle dos focos. Segundo Verruck no momento a força-tarefa prioriza as ações de combate aos incêndios no Parque do Taquari e na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Norte de Corumbá).

“Realizamos um sobrevoo numa área próxima a Poconé (MT), onde ocorrem grandes incêndios, para definirmos as ações de combate aos focos que ocorrem no entorno da Serra do Amolar e no Pantanal do Paiaguás”, adiantou.

Alerta - Apesar do tom otimista o secretário também ressalta que as equipes continuam em alerta. O Pantanal enfrenta a maior seca em 50 anos o que favorece o aumento dos focos. A estimativa é de que 12% da área do bioma já foram consumidas pelas chamas.

No início deste mês, Corumbá e a região de Cerrado (Alcinópolis, Pedro Gomes e Costa Rica, a Leste do Estado), concentravam mais de mil focos diários. “A situação é mais favorável, no entanto, o momento ainda é crítico devido a prolongada estiagem e a perspectiva de pouca chuva para os próximos dias”, alertou o titular da Semagro. “O combate continuará de forma intensa, mantendo as estruturas operacionais nas áreas de maior risco com o respaldo dos ministérios de Desenvolvimento Regional, de Meio Ambiente e de Defesa”, acrescentou.

Desde o início da semana foi intensificado o combate aos incêndios com o reforço de um grupo de 29 bombeiros militares vindos do Paraná, distribuídos entre o Pantanal e o Cerrado. O combate e controle aos focos no bioma conta com bombeiros do Estado e do Paraná e brigadistas do PrevFogo (Ibama).

No Cerrado, o trabalho segue com um contingente de 150 combatentes, sendo 70 homens do Exército e 60 entre bombeiros de MS e do PR e voluntários. A estrutura conta ainda com oito aeronaves, sendo duas do ICMbio, três do setor de energia do Estado e outras três bancadas pelo setor de florestas. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente e MS) também integra a força-tarefa no monitoramento do Parque do Taquari.

O custeamento da operação conta com o aporte de R$ 3,8 milhões do governo federal, depois que o governador Reinaldo Azambuja decretou situação de emergência ambiental em todo o Estado, no dia 14 de setembro.

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