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Meio Ambiente

Governo cria comitê de emergência para combater lama no Rio da Prata

Polícia Militar Ambiental identificou que a lama que atingiu o rio saiu de fazenda que cultiva soja

Izabela Sanchez | 20/11/2018 08:52
Balneário de Jardim exibe Rio da Prata cheio de lama (Foto: Divulgação)
Balneário de Jardim exibe Rio da Prata cheio de lama (Foto: Divulgação)

O governo de Mato Grosso do Sul criou um comitê de emergência para combater a lama que atingiu o Rio da Prata na região de Jardim, a 233 km de Campo Grande. A decisão ocorreu durante reunião entre o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck com diretores e técnicos de órgãos estaduais, na tarde desta segunda-feira (19).

Conforme o governo, a primeira ação será a correção dos pontos críticos, em especial no rio da Prata. As ações, ainda assim, buscam solucionar problemas em outros rios de Jardim e Bonito. O comitê também definiu que a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) vai realizar a manutenção das estradas na região, para impedir que a enxurrada leve os sedimentos para os rios.

O comitê é formado pela Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), PMA (Polícia Militar Ambiental), Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul), prefeituras de Jardim e Bonito, Cidema (Comitê Gestor da Bacia do rio Miranda) e trade turístico local.

Fazenda de soja de onde lama que atingiu rio teria saído (Foto: Divulgação/PMA)
Fazenda de soja de onde lama que atingiu rio teria saído (Foto: Divulgação/PMA)

Fazenda de soja – A PMA enviou equipes para investigar a lama que atingiu o Rio da Prata. Os policiais identificaram uma fazenda, localizada a 2 km da região afetada, onde há plantio de soja.

Para identificar, a PMA usou drone para registro de imagens aéreas. A conclusão foi de “possibilidade do sedimento ter saído de uma fazenda de plantio de soja, com terreno gradeado e a cultura em estágio inicial”.

Na manhã de segunda-feira o secretário da Semagro, Jaime Verruck já havia afirmado que o governo viu gravidade na situação do rio. “Estamos acompanhando os fatos, já tivemos essa situação no município de Bonito. Primeiro é a questão do volume de chuvas, nós já fizemos várias reuniões com o trade turístico e com os sindicatos rurais. Reconhecemos a gravidade da situação. Tem que haver uma situação de política pública, mesmo quando chove pouco”, comentou.

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