ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
OUTUBRO, QUARTA  16    CAMPO GRANDE 35º

Meio Ambiente

Governo descarta adotar horário de verão em 2024

Apesar de manter o planejamento convencional neste ano, governo não descarta a alteração da medida em 2025

Por Jhefferson Gamarra | 16/10/2024 13:38
Relógio segurando por mulher no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Relógio segurando por mulher no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

O governo federal confirmou nesta quarta-feira (16) que o horário de verão não será retomado em 2024. A decisão foi tomada após 45 dias de discussões entre especialistas, que avaliaram os impactos econômicos e energéticos da medida. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apesar da crise hídrica que afeta o país, a mudança de horário não se mostrou necessária para garantir a segurança energética.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Governo Federal decidiu não retomar o horário de verão em 2024, após 45 dias de discussões sobre seus impactos econômicos e energéticos. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, apesar da crise hídrica, a mudança de horário não é necessária para garantir a segurança energética do país. Embora o Operador Nacional do Sistema Elétrico tenha recomendado a volta do horário de verão para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, o governo reavaliará a situação em 2025, considerando a possibilidade de retomar a medida em caso de eventos climáticos severos. O horário de verão foi implementado pela primeira vez em 1931 e foi extinto em 2019, após estudos indicarem que seu impacto na economia de energia havia se tornado irrelevante.

"Chegamos a concluir que não há necessidade para este verão. Temos uma segurança energética garantida. É o início de um processo de restabelecimento, ainda que muito modesto, de nossa condição hídrica", afirmou Silveira.

O ministro explicou que, mesmo diante da pior seca registrada no Brasil desde 1950, os ganhos econômicos e de redução da demanda de energia não justificam.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a decisão foi fundamentada em análises realizadas em conjunto com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que havia recomendado a volta do horário de verão como forma de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico. A medida é vista por alguns especialistas como uma alternativa para reduzir o consumo de energia durante os meses mais quentes e secos, especialmente diante da crise hídrica enfrentada pelo país.

Apesar de a recomendação do ONS não ter sido adotada neste momento, o governo não descarta a possibilidade de retomar o horário de verão nos próximos anos, especialmente em períodos de eventos climáticos severos. Silveira afirmou que a adoção da medida será reavaliada em 2025, caso a situação hídrica ou o cenário energético do país se deteriore.

O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, e tinha como objetivo principal a economia de energia elétrica, aproveitando o maior período de luz solar nos meses de primavera e verão. A medida foi aplicada de forma intermitente ao longo dos anos, até ser extinta em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, após estudos indicarem que o impacto na economia de energia havia se tornado irrelevante.

Até sua extinção, o horário de verão foi adotado principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, abrangendo estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O ajuste adiantava os relógios em uma hora entre outubro e fevereiro.


Nos siga no Google Notícias