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Meio Ambiente

Em Campo Grande, desperdício de água é de 22%, abaixo da média

Jeozadaque Garcia | 09/03/2012 16:41

O índice de desperdício de água em Campo Grande caiu mais da metade nos últimos seis anos, porém, mais de 22% da água que sai da concessionária responsável pelo serviço não chega até as torneiras. Ou seja, de cada mil litros de água distribuídos na cidade, 200 ainda são desperdiçados.

A taxa de desperdício chegava a 56% em 2005, de acordo com o diretor-executivo da Águas Guariroba, José Aílton Rodrigues. No último balanço divulgado pelo SNIS (Sistema Nacional de Informações de Saneamento), referente ao ano de 2009, a média nacional era de 40%.

“Nossa perda chega a 22%, enquanto Manaus (AM) desperdiça até 70% e São Paulo (SP) 27%. Dentre as capitais, acredito que Campo Grande tenha o menor índice”, comenta o diretor. O próximo levantamento do SNIS, referente a 2010, deve ser publicado no final deste mês.

O Japão é o país com menor índice de perda. A cada 100 litros que saem das torneias, apenas três não chegam às casas. Em Campo Grande, a meta é, em dez anos, atingir a taxa dos países europeus, que desperdiçam 15% da água.

“Houve investimentos em todas as áreas focados na redução da perda. A maior dificuldade é em relação às fraudes, que hoje representam mais da metade, mas não há um balanço exato”, aponta Rodrigues.

Índice de desperdício em Campo Grande está entre os menores do Brasil, segundo diretor. (Foto: Arquivo)
Índice de desperdício em Campo Grande está entre os menores do Brasil, segundo diretor. (Foto: Arquivo)

Ainda conforme o diretor, o principal problema está no conhecido ‘gato’, quando o morador faz ligação clandestina. Com a ruptura da rede, resíduos entram na água e podem contaminá-la.

99,99% potável - Relatório divulgado nesta sexta-feira (9) pela Águas Guariroba mostra que o índice de potabilidade da água consumida em Campo Grande é de 99,99%. Hoje, a empresa realiza cerca de 40 mil análises mensais da qualidade da água.

“Vários parâmetros determinam se a água é potável ou não. Hoje o monitoramento é feito no córrego, para ver se há algo prejudicial à saúde, na estação, que é feito em tempo real, quando sai da estação e em cerca de 200 pontos espalhados pela cidade”, explica Rodrigues.

São avaliados itens como pH, coliformes totais, cor, cloro residual e turbidez - presença de particulas sólidas na água. Em Campo Grande, todos os índices estão dentro da média permitida.

“Campo Grande tem uma das melhores águas do Brasil, se não for a melhor”, afirma o diretor. “Eu só bebo água que vem da água e só confio na água da concessionária”, garante.

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