Jovem diz à polícia que postou foto de gatos mortos de "brincadeira"
O jovem que postou fotos de dois gatos mortos na rede social Instagram negou que teria estimulado o cachorro da raça pug, do qual é tutor, a atacar os felinos. Segundo ele, os gatos já estavam mortos quando foram encontrados no quintal de sua residência. As informações foram dadas em depoimento pelo jovem, que tem 18 anos, ao delegado Antônio Silvano Rodrigues da Mota, da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista).
Cachorro de gay - O acusado prestou depoimento acompanhado de um amigo, que também afirmou que os gatos não foram mortos pelo cachorro. Segundo eles, amigos faziam piadas acerca dos cães do adolescente, classificando-os como "cachorros de gay" por se tratarem de um pug e um poodle.
Devido às piadas, o jovem decidiu postar as fotos no Instagram onde o pug aparece ao lado dos gatos mortos. "Segundo dia de caça! Mais um pra conta da Monna, 2x0", dizia a legenda de uma das publicações. O acusado deletou os perfis que tinha na internet. "Tudo não passou de uma brincadeira", disseram ao delegado. "A foto era apenas para provar que o cachorro tinha instinto animal", conforme completou o delegado.
Crime - O adolescente foi indiciado por maus tratos e apologia ao crime. Como é crime de menor potencial ofensivo, foi feito um TOC (Termo Circunstanciado de Ocorrência), o caso foi encaminhado para o juizado de pequenas causas. Portanto, o juiz irá definir se ele irá responder pelos crimes.
Para o delegado, provavelmente o acusado não responderá por maus tratos, uma vez que não há testemunhas de que ele induziu o cachorro a matar os felinos. No entanto, ele pode responder por apologia ao crime, já que produziu provas contra ele mesmo ao postar as fotos na internet.
No dia em que o Campo Grande News entrou em contato com o jovem, no final do mês passado, ele não negou que os gatos foram mortos pelo cachorro dele, como negou ao delegado. O adolescente disse apenas que cão estava "seguindo o instinto animal". Além disso, agiu de forma ofensivo com a reportagem, que classificou como "desocupada".