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Meio Ambiente

Onça-parda é flagrada almoçando jacaré no "BBB" dos animais

Monitoramento na Reserva Cisalpina, em Brasilândia, revelou segredos da fauna sul-mato-grossense

Por Gustavo Bonotto | 20/10/2023 21:14
Onça-parda "almoça" jacaré por volta das 13h50. (Foto: Reprodução)
Onça-parda "almoça" jacaré por volta das 13h50. (Foto: Reprodução)

Câmeras especiais de monitoramento estão ajudando na identificação de animais silvestres na Reserva Cisalpina, situada no interior de Brasilândia, a 366 quilômetros de Campo Grande. O "BBB" dos animais já resultou em flagras do cotidiano de onças-pardas, o tatu-canastra, a refeição de um lobo-guará, o passeio de um veado-campeiro, e um grupo de tamanduás-bandeiras.

De acordo com a nota enviada à imprensa, nesta sexta-feira (20), o intuito dos pesquisadores era entender a dinâmica dos animais no meio ambiente, entender quais deles habitam e frequentam a região.

Entre os flagrantes que chamam atenção, por exemplo, está o de uma onça-parda jovem com um filhote de jacaré na boca e uma irara. Em outro registro, mostra uma cotia se alimentando.

Cotia degusta uma maçã no café-da-manhã. (Foto: Reprodução)
Cotia degusta uma maçã no café-da-manhã. (Foto: Reprodução)

Segundo o plano de manejo, a reserva abriga cerca de 400 espécies de animais silvestres. Conforme o levantamento, desde a criação do espaço até o ano passado, foram identificadas 108 espécies de plantas, 22 espécies de anfíbios; 12 de répteis, 310 de aves; 92 peixes e 54 espécies de mamíferos.

Para que o "reality animal" funcionasse, foram instaladas 20 câmeras do estilo "trap", acionadas por meio de sensores de movimento.

“Identificamos diversas espécies em nossas câmeras e estamos armazenando em um banco de dados. Algumas dessas espécies de aves e mamíferos figuram na lista de animais ameaçados de extinção pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), na categoria 'vulneráveis', além de outras raras e de importância ecológica para o local", ressalta o coordenador do projeto, Sérgio Posso.

Onça-pintada transita pelo território. (Foto: Reprodução)
Onça-pintada transita pelo território. (Foto: Reprodução)

O estudo conta com o apoio da CESP (Companhia Energética de São Paulo) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Resultados deverão ser apresentados no fim do ano.

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