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Meio Ambiente

Pior ano para o Pantanal de MS: fogo consumiu 18% do bioma em 2024

Foram queimados 1,6 milhão de hectares, equivalente a 1,5 vez o território do Catar

Por Cassia Modena | 27/01/2025 10:36
Pior ano para o Pantanal de MS: fogo consumiu 18% do bioma em 2024
Fila de bombeiros e membro da Força Nacional tentam barrar avanço do fogo no Pantanal sul-mato-grossense (Foto: Arquivo/Governo de MS/Saul Schramm)

Com relação à área queimada, o ano que passou foi o pior para a porção do Pantanal que fica em Mato Grosso do Sul segundo monitoramento do Lasa/UFRJ (Laboratório de Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

RESUMO

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O Pantanal de Mato Grosso do Sul enfrentou seu pior ano em 2024, com 18% do bioma destruído por incêndios, totalizando 1,6 milhão de hectares queimados. Áreas como o Território Indígena Kadiwéu e o Refúgio Ecológico Caiman foram severamente afetadas. A seca e o uso indevido do fogo são apontados como principais causas. O governo estadual está preparando estratégias para evitar novos desastres, enquanto investigações sobre os responsáveis pelos incêndios continuam. Em 2020, 17 milhões de animais vertebrados foram vítimas do fogo em todo o Pantanal brasileiro.

Em 2024, 18% do bioma no Estado viraram cinzas. Foram queimados 1,6 milhão de hectares, o que dá 1,5 vez o tamanho do Catar.

As chamas chegaram ferozmente ao Território Indígena Kadiwéu, ao santuário de biodiversidade Serra do Amolar e ao Refúgio Ecológico Caiman, área privada voltada ao turismo e a projetos de conservação, por exemplo. Lavouras, estruturas de fazendas e comunidades ribeirinhas também foram afetadas. Além disso, uma pessoa morreu tentando frear incêndio na propriedade onde trabalhava.

Comparação - O período foi mais desastroso do que 2020, quando 1,5 milhão de hectares foram consumidos no Estado.

Já para o bioma no Brasil, o que inclui a porção de Mato Grosso, 2020 foi o ano de maior prejuízo: 3,6 hectares foram queimados. Estudo do ICMBio (Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) junto a pesquisadores de universidades concluiu que 17 milhões de animais vertebrados foram vítimas do fogo.

Pior ano para o Pantanal de MS: fogo consumiu 18% do bioma em 2024
Gráfico: Rômulo Montagna

Com relação à soma das áreas dos pantanais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, 17% da total foram afetados, também segundo o Lasa. É o segundo pior resultado da série histórica, perdendo apenas para 2020. O monitoramento começou em 2012. Os números foram destaque em matéria publicada pelo O Globo nesta segunda-feira (27).

Seca que a região Centro-Oeste enfrentou e uso indevido ou criminoso do fogo explicam o que se viu em 2024, de acordo com estudos divulgados e especialistas que a reportagem ouviu ao longo do ano.

Revisão - O laboratório havia divulgado dados diferentes anteriormente. A explicação é que houve mudança na metodologia e na margem de erro das medições feitas por satélites.

Além do Lasa/UFRj, se dedica a monitorar o impacto do fogo o programa BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Em 2025 - O Governo de Mato Grosso do Sul informou que já prepara equipes e traça estratégia para evitar novo avanço. O Supremo Tribunal Federal cobra que um plano emergencial seja apresentado em fevereiro.

Enquanto isso, parte das investigações sobre os culpados pelos incêndios segue em curso. Levantamento da Polícia Federal pedido pela Folha de S. Paulo no início deste ano apontou que 75% das abertas não indiciaram culpados.

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