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Meio Ambiente

Com destruição sem precedentes pelo fogo, pousada Caiman fecha por 2 meses

Área de 80% foi queimada na propriedade, segundo comunicado divulgado nas redes sociais

Por Cassia Modena | 08/08/2024 12:22
Área consumida pelo fogo dentro da reserva do Refúgio Ecológico Caiman (Foto: Reprodução/Instagram/Instituto Arara Azul)
Área consumida pelo fogo dentro da reserva do Refúgio Ecológico Caiman (Foto: Reprodução/Instagram/Instituto Arara Azul)

O Refúgio Ecológico Caiman, pousada de luxo e sede de projetos de conservação animal localizada em meio ao Pantanal de Mato Grosso do Sul, teve 80% da área queimada por incêndios. A perda foi confirmada em comunicado divulgado ontem (8), em suas redes sociais.

Por causa disso, a entrada de turistas foi suspensa por dois meses. A previsão de reabertura é 29 setembro. Enquanto isso, biólogos, cientistas e outros especialistas vão trabalhar na recuperação dos estragos.

Dois dos projetos de conservação sediados também divulgaram estar enfrentando perdas inestimáveis. Aves monitoradas pelo Instituto Arara Azul e onças-pintadas monitoradas pelo Onçafari foram afetadas. Também nas redes sociais, ambos pedem doações para reerguer suas bases e curar os animais feridos.

Caixa de madeira presa à árvore queimada era casa de araras azuis e ajudava na reprodução da espécie (Foto: Reprodução/Instagram/Instituto Arara Azul)
Caixa de madeira presa à árvore queimada era casa de araras azuis e ajudava na reprodução da espécie (Foto: Reprodução/Instagram/Instituto Arara Azul)

Chove por lá hoje (8), mas ainda existem focos de calor que poderão se reacender, caso o tempo seco, a baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas voltem a se combinar. Foi o que explicou quanto ao comportamento do fogo no bioma o subcomandante do Corpo de Bombeiros, Adriano Rampazo, no último boletim em vídeo transmitido pelo Governo de Mato Grosso do Sul sobre o cenário atual dos incêndios.

Caminhão - A Caiman registrou dois incêndios este ano, ainda segundo o comunicado. O primeiro foi em julho. O segundo, começou em 1º de agosto.

O último foi o pior já registrado e teve origem na Nhecolândia, em Corumbá, quando um caminhão atolou na areia e pegou fogo. Impulsionadas por condições meteorológicas e climáticas, as chamas percorreram mais de 200 quilômetros, até chegar em Miranda, onde fica a pousada.

"Infelizmente, apesar dos inúmeros esforços que temos feito aqui na Caiman para evitá-los, no último final de semana uma queimada sem precedentes atingiu a nossa fazenda e outras propriedades vizinhas. Este episódio de força avassaladora, somado a um incêndio ocorrido em julho, resultou na queima de pelo menos 80% da nossa área, uma verdadeira calamidade", registra o comunicado.

As equipes do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e Força Nacional, além de brigadas privadas contratadas pela pousada, tentaram, mas não conseguiram deter os incêndios.

Em 2019 - A propriedade já havia perdido área para o fogo em 2019. O impacto foi menor que o atual. Na época, 35 mil hectares foram assolados.

"A pausa, para nós, é uma oportunidade de melhorar, relembrar o sonho que nos trouxe até aqui e reafirmar nosso compromisso com a conservação. Foi assim no incêndio de 2019, na pandemia e em outras ocasiões", diz o post.

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