Prefeitura atribui poluição de rio Anhanduí a esgoto clandestino
Totalmente poluído, o rio Anhanduí, o único que passa por Campo Grande, é prejudicado por ligações clandestinas de esgoto, conforme justificou a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbana), em resposta a pedido de informação do Campo Grande News sobre a degração do manancial.
A secretaria acredita que, entre 2010 e 2013, houve melhora na qualidade da água. O manancial, que nasce com o encontro dos córregos Segredo e Prosa, em frente ao Horto Florestal na avenida Ernesto Geisel, recebeu há 4 anos, o título do curso d'água mais poluído e populoso da Capital.
De acordo com o projeto Córrego Limpo, realizado pela Semadur, 13 pontos do rio são monitorados, no entanto, o resultado do ano passado não foi divulgado, pois ainda vai passar por revisão. Segundo o estudo, os pontos que apresentam a qualidade ruim estão localizados próximo a área urbana. Ainda assim, conforme o órgão, fiscalização estão sendo realizadas nas microbacias e de um tempo para cá alguns trechos do curso d' água, apresenta boa qualidade.
A poluição do rio é visível a olho nu. Basta dar um passeio pelas margens para perceber que a situação é crítica. Cachorro morto, entulho, lixo e até móveis são jogados por ali. Além da sujeira, tem a questão dos alagamentos. Toda vez que chove, os moradores de alguns trechos no entorno do rio, sofrem com a quantidade de água que acumula no local e invade as casas, shopping e comércios.
Projetos - Porém, o município diz que tem planos para a região e promete solucionar os problemas no local, pelo menos parte deles. Com verba do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a Prefeitura promete drenagem e contenção de enchentes com intervenções no rio Anhanduí e córrego Cabaças e Areias. O investimento total previsto é de R$ 71 milhões.
Algumas partes do manancial, outra coisa que também preocupa, apresenta solapamento – erosões nas margens do rio. O professor do curso de Engenharia Ambiental da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Teodorico Alves Sobrinho, explica que o fenômeno é resultado de um processo natural, que pode ser reduzido com a revegetação das margens, inviável em áreas urbanizadas, ou impermeabilização de forma adequada da calha dos córregos e rios.