Proprietário é multado depois de incendiar 3 hectares próximos ao Rio Paraguai
Crime ambiental foi flagrado por equipe da PMA; homem de 81 anos foi multado em R$ 3 mil
Homem de 81 anos foi multado em R$ 3 mil por incendiar área de 3 hectares em Corumbá, a 419 km (quilômetros) de Campo Grande. O fogo consumiu parte de matas ciliares na margem do Rio Paraguai. A região tem sofrido com queimadas, que no ano passada devastaram reservas no Pantanal.
Equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Corumbá flagrou o crime no fim da tarde de ontem (29), enquanto percorria o Rio, em área distante 45 km do perímetro urbano.
Segundo registro policial, o fogo já estava quase extinto, e consumiu cerca de 3 hectares de pastagem nativa. O responsável pela propriedade declarou à Polícia que as chamas tinham objetivo de combater um outro incêndio no local.
Essa prática só é permitida quando há licença ambiental para a mesma, expedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Devido à falta de licença e à suspeita de que o fogo havia sido provocado para renovação de pastagem nativa, o homem foi autuado e responderá por crime de degradação de área de preservação permanente, com pena de até três anos de detenção.
Focos de incêndio - A maior parte do Estado é coberta pelo bioma do Cerrado, seguido do Pantanal, e com uma pequena parte de Mata Atlântica. Neste ano, Mato Grosso do Sul já registrou 47.291 focos de incêndio no bioma pantaneiro, de acordo com o Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais). As causas são as mais diversas.
A região é seca em tempos de baixo volume de chuvas, e somado altas temperaturas e ação humana, os incêndios são provocados com tamanha frequência.
Corumbá detém maior parte dos registros do bioma e do Estado - os 42.541 focos de incêndio colocam o município como o maior em quantidade de incêndios durante 2020 em todo o Brasil.