Secretaria põe MS entre os 3 Estados que mais protegem a Mata Atlântica
Afirmação parte em estudo do Inpe e da Fundação SOS Mata Atlântica sobre a preservação do bioma pelo país
Ao contrário de apontamentos que indicam aumento no desmatamento em regiões de Mata Atlântica em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado argumenta que caminha para zerar a supressão vegetal ilegal desse tipo de vegetação em um futuro próximo. O apontamento é que, ao lado de Goiás e Rio Grande do Sul, o Estado é a unidade da federação que mais reduziu a retirada de vegetação, segundo dados apurados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica.
Os dados, conforme o governo estadual, constam no Atlas da Mata Atlântica, que acompanha o desmate de áreas dessa vegetação nos 17 Estados na qual ela existe. Na análise do governo, o Estado é o décimo entre os que menos desmataram o bioma –com desmate autorizado de 140 hectares entre 2017 e 2018, ante 3.379 hectares em Minas Gerais e apenas 7 no Ceará no mesmo período.
Reportagem do Campo Grande News nesta segunda-feira (27) aponta que a autorização de desmatamento concedida no ano passado representa um avanço de 21% na comparação entre 2016 e 2017, quando foram eliminados 116 hectares no Estado. No total, Mato Grosso do Sul conta com 712,3 mil hectares de Mata Atlântica, o equivalente a 11,2% da área original –a maioria no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. A área de Mata Atlântica representa 18% do território sul-mato-grossense.
Nacionalmente, houve a supressão de quase 11,4 mil hectares de Mata Atlântica nos 17 Estados, queda de 9,3% na comparação com os 12.562 registrados no ano anterior.
“Mato Grosso do Sul tem 43 municípios sob influência do bioma e tem feito a lição de casa: estamos muito próximos de atingir o status de desmatamento ilegal zero de Mata Atlântica”, afirmou o secretário-adjunto de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Estado, Ricardo Senna, que representou o governo estadual no Encontro de Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica, realizado nesta segunda –Dia da Mata Atlântica– em São Paulo, onde os números foram apresentados.
Senna contextualizou as ações da Semagro, focada nos próximos anos, para preservação da Mata Atlântica, além de participar de conversa sobre a Carta Desenvolvimento para Sempre, que reúne propostas para a agenda ambiental.