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Meio Ambiente

Sem chance de sobreviver, figueira de esquina da Av. Mato Grosso será arrancada

Árvore quase centenária recebeu tratamento, mas não respondeu a ele

Por Cassia Modena e Antonio Bispo | 05/07/2024 11:25
Figueira fica no canteiro da Avenida Mato Grosso, na esquina com a Rua 13 de Maio (Foto: Henrique Kawaminami)
Figueira fica no canteiro da Avenida Mato Grosso, na esquina com a Rua 13 de Maio (Foto: Henrique Kawaminami)

Uma das figueiras majestosas do canteiro da Avenida Mato Grosso, em Campo Grande, terá que ser arrancada. A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) não informou quando será, mas confirmou que a "perda da vitalidade" da árvore foi atestada em junho deste ano.

A remoção é medida de segurança. Mas há quem lamente a perda do sombreamento que ela ainda consegue oferecer.

"Uma pena que essa sombra vai sair daqui, mas a árvore já está morta, não tem o que fazer. Melhor do que ela cair do nada e machucar alguém", disse o autônomo Reginaldo Batista, 51.

O tronco e os galhos enormes de figueira da Avenida Mato Grosso (Foto: Henrique Kawaminami)
O tronco e os galhos enormes de figueira da Avenida Mato Grosso (Foto: Henrique Kawaminami)

Ele aprova as árvores para refrescar o calor que faz na Capital. "Sempre ando por aqui e gosto dessa avenida justamente pela sombra. Quando está muito quente, ajuda a amenizar. Ainda bem que é só essa figueira e as outras vão continuar", comentou.

Vendedor que trabalha em loja localizada bem em frente à árvore, que não quis se identificar, pensa mais no risco de queda. "Vira e mexe cai galho aqui em cima dos carros, isso é um perigo. Não ligo se não vai ter sombra, pelo menos não vamos mais correr riscos. A prefeitura precisa olhar essas outras árvores também, porque já estão todas velhas", falou.

Tratamento - A figueira é a primeira da fileira de árvores quase centenárias plantadas no canteiro a partir do cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Rua 13 de Maio.

A condenada e as vizinhas recebem tratamento para recuperação e prolongamento da vida desde 2017. Técnicos da Semadur fazem isso em duas etapas: uma com a pulverização do inseticida óleo de neem e outra com a aplicação de nutrientes, adubos tipo NPK e fertilizante organomineral.

"A progressão do seu processo de senescência foi observada pela equipe técnica da Semadur e, na tentativa de oferecer uma sobrevida à árvore, foram realizados procedimentos para o seu tratamento. No entanto, mesmo com as intervenções, não foi possível evitar a perda de sua vitalidade, que foi constatada por meio de parecer técnico", detalhou a secretaria.

No meio do canteiro, outra figueira teve os galhos podados (Foto: Henrique Kawaminami)
No meio do canteiro, outra figueira teve os galhos podados (Foto: Henrique Kawaminami)

Outra - A reportagem viu que outra figueira, no mesmo canteiro, teve os galhos podados. Ela fica em frente a uma escola particular.

A assessoria de imprensa da Semadur foi questionada se ela e as demais estão respondendo ao tratamento, mas não recebeu retorno.

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