Taxa de desmatamento no Pantanal sofre ligeiro declínio, aponta estudo
Estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e divulgado nesta quinta-feira (09) aponta que a taxa de desmatamento no Pantanal sofreu ligeiro declínio nos anos de 2008 e 2009.
O levantamento, que quantifica desmatamentos de áreas nativas como Mata Atlântica e Pampa, começou a operar em 2008 pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), utilizando o ano de 2002 como referência com imagens de satélite.
De acordo com o Ministério, o bioma, que tem 151.313 km² de extensão, perdeu 188 km² de vegetação nativa no biênio, correspondente a 0,12%. Para o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério, Bráulio Dias, a taxa média anual declinou em relação ao período entre 2002 e 2008.
Até 2008, o Pantanal tinha 83,20% de sua área total com cobertura vegetal remanescente. A taxa de desmatamento registrada entre 2002 e 2008 é de 15,31%, equivalente a uma área de 23.160 km.
As ações de desmatamento, ainda de acordo com o secretário, concentram-se principalmente no entorno do bioma. Outra preocupação é o assoreamento do Rio Taquari causado pelo desmatamento para uso da agricultura.
Entre 2008 e 2009, Corumbá foi o município campeão em desmatamento. Em termos absolutos, foram suprimidas áreas de vegetação nativa equivalentes a 0,11% da área total do município, cerca de 67,64 km².
De todos os biomas brasileiros pesquisados, o Pantanal foi o que menos sofreu com o desmatamento, atrás do Cerrado (7.637 km²), Amazônia (7.464 km²), Caatinga (1.921 km²), Pampa (331 km²) e Mata Atlântica (248 km²).
O mapa do estudo pode ser conferido no link: