Três de MS foram multados em R$ 50 milhões por incêndios no Pantanal
Rumo Malha Oeste, Trill Construtora e o advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel foram autuados
Dos dez maiores infratores ambientais do Brasil, alvos de multas milionárias aplicadas pela Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) neste ano, conforme levantamento da Folha de São Paulo, ao menos três são ou atuam em Mato Grosso do Sul.
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O Mato Grosso do Sul figura entre os dez maiores infratores ambientais do Brasil, com três empresas e um indivíduo alvo de multas milionárias do Ibama. A Rumo Malha Oeste, concessionária da ferrovia entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, a Trill Construtora, empresa terceirizada que prestava serviços na ferrovia, e o advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel, dono da Fazenda Astúrias, foram multados em R$ 50 milhões, o valor máximo permitido por lei, por incêndios que devastaram milhares de hectares de vegetação nativa. As empresas atribuem o incêndio à seca histórica e contestam a área devastada, enquanto Maciel alega invasão e descarta qualquer exploração da área.
Detalhes da reportagem mostram que a Rumo Malha Oeste, concessionária da ferrovia entre São Paulo e MS, além da Trill Construtora, empresa terceirizada que prestava serviço na ferrovia, no Pantanal em Corumbá e o advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel, dono da Fazenda Astúrias, na cidade branca, estão entre o dez maiores infratores.
Eles inclusive foram multados em R$ 50 milhões, maior valor de multa permitido por lei. Segundo o Ibama, as empresas foram responsáveis por provocar o incêndio de 17,8 mil hectares de vegetação nativa, em área de "especial preservação, sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente". As chamas começaram durante um serviço de manutenção na ferrovia.
Já Maciel é acusado de queimar 339,9 mil hectares de floresta na Astúrias. Em nota ao jornal paulista, ele disse que apresentou sua defesa ao Ibama e que o fogo teria começado em outra propriedade.
Disse ainda que “não detinha, como de fato não detém até hoje, a posse da área, somente tendo adquirido o imóvel exclusivamente para fins de preservação ambiental e eventual negociação de créditos de carbono”.
"Nunca foi intenção qualquer outro tipo de exploração, especialmente a pecuária. Também foi mencionado que a área foi invadida por terceiros no primeiro semestre deste ano (conforme boletim de ocorrência lavrado)", afirmou, acrescentando que o fato foi comunicado por ele mesmo ao Ibama antes da autuação.
A Trill Construtora não enviou resposta. Já a Rumo declarou que "a seca histórica registrou focos simultâneos de incêndio com origens diversas" e que um laudo do Corpo de Bombeiros indica que "área impactada teria sido muito menor do que a apontada pelo órgão ambiental".
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