Bidu virou companheiro que salvou a vida de Ana após perda dos pais
Ele é um dos novos integrantes da equipe MiauNews e até ganhou crachá; Poodle é xodó da dona
Bidu. Um nome aleatório para muitos, mas, para Ana Cláudia de Souza Oliveira, ele significa existência. O fiel amigo poodle é um lembrete de que continuar vivendo vale a pena. A história dos dois começou quando ele ainda era filhote, mas teve uma reviravolta após momentos difíceis para a analista industrial de 44 anos. O cão foi um presente que ela deu para a mãe, que faleceu cinco anos após a morte do pai de Ana.
RESUMO
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Em uma história comovente de amor e superação, Ana Cláudia de Souza Oliveira, 44 anos, encontrou em seu cão poodle Bidu muito mais que um animal de estimação - um verdadeiro motivo para continuar vivendo. Inicialmente um presente dado à sua mãe após o falecimento do pai, Bidu tornou-se o elo entre mãe e filha. Após perder ambos os pais e enfrentar uma demissão depois de 14 anos de trabalho, Ana encontrou no companheiro de quatro patas o suporte emocional necessário para superar a depressão e o luto. Hoje, o cão a acompanha em diversas atividades, desde corridas até idas ao salão, e conta com uma cuidadora especial que se tornou parte da família. "Ele foi o meu anjo, meu remédio", revela Ana, que inclusive tatuou a patinha do fiel amigo como símbolo dessa conexão única.
Ele é um dos novos integrantes da equipe MiauNews. O Campo Grande News coloca nas ruas uma turma de jornAUlistas, coMIAUtaristas e até coelhoNISTAS. Nessa brincadeira da editoria, fingimos que conseguimos traduzir os "pensamentos" de cães, gatos, coelhos e quem mais quiser chegar. Bidu ganhou um crachá para começar a diversão. Hoje, apesar do cargo, quem fala é a tutora.
“Quando perdi minha mãe, estava em um momento muito bom da minha vida. Tinha comprado meu apartamento, um imóvel simples, mas que consegui conquistar. Meu pai era meu herói de vida. Lutamos por quase dois anos. Ele era paciente de hemodiálise. Perdi ele e, depois, minha mãe, por causa de um infarto fulminante. A gente não era tão próxima, mas nos aproximamos por conta do Bidu. Eu o dei para ela depois que meu pai morreu. Ele veio para ajudá-la e acabou ajudando todo mundo.”
A famosa frase “não quero saber de cachorro” caiu por terra quando Bidu virou a sombra da mãe. Após sua morte, ele saiu da chácara onde morava e veio para a cidade. A adaptação não foi fácil; ele também vivia o luto.
“Eu tentei de tudo, desde levá-lo para passear até correr com ele. Mas ele entrou em depressão, chegando a arrancar os próprios pelos. Aí começou a minha saga. Precisei arrumar uma babá para ele. E, se for pensar, há cinco anos nem existia isso aqui em Campo Grande. Havia uma creche para pets, mas o valor era muito alto, totalmente inacessível.”
Ela divulgou no Facebook e, dois dias depois, veio a resposta, que, para sua surpresa, estava a apenas duas quadras de sua casa.
“Tive um certo medo, preocupação se iriam cuidar dele com amor. Meu coração estava apertado. Mas, chegando lá, para minha total surpresa, ele e a neta da moça se amaram de primeira. Ele já foi direto para o colo dela. Ali, fiquei em paz. E ali, ele ganhou uma avó, e eu, uma amiga. Porque ela cuida dele e de mim.”
Antes da mãe de Ana partir, ela já dividia o Bidu com a filha. O cachorro passava os finais de semana na casa dela, na cidade.
“Ele era nosso elo. Não tinha ninguém, só os dois. Fiquei sozinha depois dos meus pais. Para completar, depois de 2 anos passei por um momento muito ruim, fui demitida depois de 14 anos em um lugar. Foi mais uma luta e o Bidu sempre comigo. Eu falo que ele me salva porque realmente me salva. Pega os brinquedos dele, começa a me lamber. Ele foi o meu anjo, meu remédio. Em dias de muita dor, saudade, depressão, ele me salvou todos os dias. Nós temos uma sintonia que é inexplicável”.
Carne e unha, Bidu acompanha Ana em tudo, na corrida, no salão de cabeleireiro e até para algumas festas tranquilas.
“Todas as pessoas próximas a mim acham engraçado. Às vezes eu até saio, mas ele fica com a babá que ele ama. Hoje corremos juntos e aonde eu vou, todos sabem quem eu sou por conta dele, a "Mãe do Bidu". Tenho até uma tatuagem com a patinha dele”.
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